Transportando as medalhas de ouro e prata ao pescoço e confrontados com um enorme aplauso permitido pelos seus familiares e amigos presentes no Aeroporto Humberto Delgado, chegaram esta manhã a Lisboa os atletas que participaram nos X Jogos Desportivos da CPLP que nos últimos 10 dias decorreram na Ilha do Sal em Cabo Verde.
Cansados da viagem realizada durante a madrugada mas ainda assim sorridentes e bem dispostos, deixaram evidente a convicção de missão cumprida nesta edição dos Jogos que, de acordo com Filipa Godinho, chefe da missão de Portugal, “superou as expectativas a todos os níveis.”
“Os miúdos superaram as expectativas ao nível dos resultados apesar disso não ser o mais importante e eles sabem isso, sentiram isso, viram uma nova realidade, sentiram que existem formas completamente diferentes de viver e de treinar”, explicou esta responsável à chegada a Lisboa frisando que os nossos atletas “estiveram no terreno com outros miúdos cabo-verdianos, ofereceram camisolas, ofereceram sapatilhas, perceberam o que é a realidade dos Jogos da CPLP, perceberam que as realidades nem sempre são as mesmas, viram como por vezes se trabalha em condições completamente diferentes mas ainda assim se conseguem resultados.”
Ao longo dos últimos dias, nos diálogos mantidos com os atletas, ficou claro em todos eles o agrado com que viveram estes dias em Cabo Verde, facto que Filipa Godinho explica pelas boas condições em que estiveram alojados, mas também pela simpatia das gentes de Cabo Verde. “Os nossos atletas ficaram alojados em condições muito boas — eu não acompanhei outras edições dos Jogos da CPLP mas ao que me foi dito foram permitidas desta vez condições mesmo muito boas. Depois, também é verdade que o povo cabo-verdiano recebe as pessoas muito bem e sempre que íamos na rua éramos confrontados pelas pessoas que de forma simpática queriam saber quando é que jogávamos, onde é que íamos jogar, sempre super simpáticos.”
“A organização, de igual modo, foi inexcedível na forma como procurou sempre dar resposta ao que solicitávamos, a ilha é bonita apesar de ser pequenina e os nossos atletas puderam verificar isso mesmo”, acrescentou ainda a chefe de missão de Portugal que disse compreender o sentimento daqueles que mostraram vontade de poderem um dia regressar em férias a Cabo Verde: “As organizações locais também têm como missão criar condições para que as pessoas possam sentir vontade de regressar mais tarde e nesse aspecto também acho que correu bem.”
Em termos pessoais, Filipa Godinho, que à partida para Cabo Verde havia apontado esta chefia de missão como um desafio diferente, reforçou agora que foi efectivamente algo “completamente novo” para si, já que foi contactar com atletas com idades mais novas do que aquelas a que estava habituada, mas frisou que “os miúdos portaram-se muito bem, tendo existido também a melhor cooperação das equipas técnicas o que fez com que o trabalho fosse muito mais fácil, ficando no final a convicção do dever cumprido.”
Fonte: CDP, 25/07/2016