CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL

Modalidade presente pela primeira vez nos Jogos Desportivos da CPLP, nesta décima edição, o Taekwondo permitiu à missão portuguesa uma vitória em toda a linha, com triunfos em masculinos e femininos e em todas as categorias presentes a competição.

Liliana Silveira, na categoria 55-59 kgs, e Joana Freire, nos 59-64 kg, nas provas femininas, e ainda Lucian Procopciuc, nos 53-57 kg, e André Fernandes, na categoria 57-61 kg, na competição masculina, venceram os respectivos combates finais subindo ao degrau mais alto dos respectivos pódios e festejando o triunfo para Portugal embora fora de portas, numa competição recheada de particularidades como deram conta cada um deles no final.

Nas provas femininas, Liliana Silveira já tinha experimentado a competição fora de Portugal, nomeadamente quando representou o país no Campeonato Europeu de Taekwondo, mas admitiu que esta experiência foi agora particularmente diferente: “O meu principal objectivo era sair dali com a consciência de que tinha dado o meu melhor, mesmo que não ganhasse. Felizmente conseguimos todos ganhar e acho que estivemos todos bem.”

“O meu primeiro combate foi mais acessível do que a final porque a adversária da final era um pouco mais alta e isso trouxe outras dificuldades. Isso obrigou-me a gerir as distâncias e mudar a estratégia para conseguir o melhor resultado”, acrescentou Liliana Silveira que, analisando a presença em Cabo Verde nestes X Jogos Desportivos da CPLP, considerou que “todos estão focados em ganhar e em dar o seu melhor”. “Toda a gente se está a divertir, todos estão a procurar aproveitar cada minuto aqui e todos estão a adorar”, concluiu.

“Adorar” foi igualmente o verbo usado por Joana Freire, a única dos quatro atletas portugueses de Taekwondo que ainda não tinham saído de Portugal para representar o país em competição. “Estou a adorar a experiência. Está a ser incrível já que é a primeira vez que saio do país e ainda por cima a poder representar Portugal. Na competição, senti-me na obrigação de representar bem o meu país e fiquei feliz com a minha prestação. O meu combate não foi fácil de todo, já que a minha adversária foi agressiva, de uma forma que magoava, mas felizmente não me magoei. Consegui focar-me e acabei por ganhar, mas foi um combate que deu mais luta devido às distâncias, já que a minha adversária jogava mais com os braços em baixo, dava-me espaço no colete para conseguir marcar o ponto, mas na altura em que eu o tentava fazer levantando a perna, ela levantava a mesma perna que eu e tornava-se difícil”, explicou.

Perante estas dificuldades, a vitória para Joana Freire acabou por ser “muito boa, saborosa mesmo.”

Nas competições masculinas, André Fernandes, vencedor na categoria de 57-61 kg, começou por destacar o facto de ter garantido o seu primeiro triunfo “realmente longe de casa” — “Já participei no ‘Europeu’ no ano passado mas esta prova revelou-se realmente diferente!” —, assumindo a satisfação por ter estado em competição nesta prova sem dúvida “muito diferente”: “Aqui podemos estar conjuntamente com outros atletas de diferentes modalidades o que permite maior convívio e conhecer novas pessoas. Por outro lado, o facto de todos falarmos a mesma língua é muito bom, já que podemos comunicar facilmente, embora seja estranho ao mesmo tempo pois temos a noção de que estamos em outro país mas onde se fala também a nossa língua. É estranho mas muito fixe ao mesmo tempo!”

Por ultimo, Lucian Procopciuc, vencedor na competição masculina na categoria 53-57 kg, começou por apontar a particularidade de ter integrado um evento no qual todos os participantes falam a mesma língua: “É bom por dá para desenvolver os países africanos. Eles não têm tanta experiência e nós podemos transmitir os nossos conhecimentos aos atletas de língua portuguesa aqui presentes neste torneio.”.

Fonte: CDP, 19/07/2016