CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL
João Silva e Ruben Costa participaram na primeira edição. Bárbara Clemente e Liliana Silva assistiram sempre de fora. São quatro elementos da actual selecção nacional de triatlo. Que opinião têm sobre o evento?

A 29 de Março, realizam-se testes de natação (400 metros) e corrida (três quilómetros) em Rio Maior para a Fase 1 da Detecção de Talentos, iniciativa que pretende revelar os novos valores do triatlo/duatlo. Estão inscritos perto de trinta jovens, mas ainda é possível proceder à inscrição até ao dia 22.

João Silva (19 anos):
"Participei na Detecção de Talentos em 2005, por incentivo do professor Joel, o qual, hoje em dia, faz parte do projecto ‘Triatlo da Benedita para o mundo'.
Na altura, estava a precisar de algo novo na minha vida e o triatlo, de certa maneira, abriu-me portas que nunca tinha imaginado existirem.
É uma boa iniciativa para quem deseja experimentar e iniciar-se na modalidade ou até mesmo afirmar-se de alguma forma, pois tem a atenção das pessoas responsáveis."

Ruben Costa (18 anos):
"Estive presente na primeira edição do ‘Temos Talentos', em 2005. Foi o meu treinador de natação quem me incentivou a participar, uma vez que era atleta de natação e tinha bons resultados em corta-matos do desporto escolar.
Fui seleccionado para o estágio de observação. A partir daí, participei em diversas provas de observação competitiva, integrei vários estágios e nesse mesmo ano, acabei por competir no Campeonato da Europa de Juvenis. Desde então, continuo a integrar os trabalhos das selecções nacionais e a participar em algumas provas internacionais.
Esta iniciativa traz grande qualidade ao triatlo em Portugal. Muitos jovens talentos têm a oportunidade de mostrar o seu valor e de ter um primeiro contacto com o desporto de alta competição.
O ‘convívio' com atletas mais experientes é extremamente motivador e enriquecedor para qualquer atleta que queira evoluir como desportista e como pessoa.
Penso que este projecto tem sido muito positivo. Resultado disso é a grande evolução do Triatlo em Portugal e os resultados obtidos a nível internacional."

Bárbara Clemente (20 anos):
"Estando já integrada nas selecções nacionais, acompanhei a chegada dos novos atletas ao grupo. A primeira Detecção, em 2005, foi a que mais efeitos teve, pois dela surgiram alguns dos melhores atletas da actualidade.
Vi chegar, para prestar provas, atletas que já corriam comigo nas provas nacionais e outros desconhecedores do que era, de facto, o Triatlo. Os melhores ficaram no estágio, participaram nos controlos competitivos e chegaram ao Europeu de Juniores e de Juvenis. Culminou com a integração no Centro de Alto Rendimento para os melhores.
É certo que esta foi a primeira e, desde então, não pararam de surgir novos atletas a querer vestir o equipamento oficial. A competitividade tem aumentado. Cada vez mais, teremos provas bem disputadas, principalmente nos escalões mais novos.
Portanto, não se pode esperar resultados imediatos, mas sim muito trabalho para um percurso regular, ascendente e dedicado. Depois da Detecção de Talentos, há que entender que ser atleta leva o seu tempo!"

Liliana Silva (19 anos):
"Apesar de nunca ter participado na Detecção de Talentos, concordo com a realização da iniciativa. Considero-a bastante positiva, pois já encontrou atletas com bastante potencial.
Existem muitos outros atletas com valor e a continuação do ‘Temos Talentos' pode ser muito positivo para o futuro do Triatlo!
Juntar os jovens que se destaquem na Detecção de Talentos com os atletas das selecções nacionais favorece a troca de conhecimentos, o que poderá contribuir para o aumento do grau de competitividade na modalidade!"
 
Fonte: FTP 19/03/2009