A 29 de Março, realizam-se testes de natação e corrida em Rio Maior, no âmbito da iniciativa Detecção de Talentos.
Os atletas Hugo Ventura, Joana Marques e José Estrangeiro, que actualmente integram as selecções nacionais, comentaram a iniciativa que consideram como "uma rampa de lançamento".
Hugo Ventura (18 anos): "A Detecção de Talentos foi a rampa de lançamento para a minha presença no Centro de Alto Rendimento (CAR) e para a minha evolução enquanto triatleta. Participei na edição de 2007, depois de o meu treinador me ter incentivado porque dizia que eu tinha boas hipóteses. O balanço não podia ter sido mais positivo. No somatório dos testes, fiquei em segundo lugar, o que me garantiu a presença no estágio seguinte, em que estavam mais jovens na mesma situação que eu. Nos momentos seguintes, estive nas provas de observação e no final recebi o convite para integrar o Centro de Alto Rendimento (CAR), aceitei e assim continuei a minha formação desportiva, junto de outros atletas mais experientes e mais velhos, mas também com colegas da minha idade. A iniciativa deve ser promovida, pois fomenta o aparecimento de novas esperanças no triatlo/duatlo. Para além disto, promove o contacto com outros atletas e a troca de experiências, o que é sempre importante para a evolução e conhecimento, quer da modalidade, quer dos atletas."
Joana Marques (20 anos): "Participei na primeira edição da Detecção de Talentos em 2005. Na altura, ainda sem ter uma perspectiva totalmente real do que era a Alta Competição, fui a Rio Maior na esperança de um dia poder treinar de forma mais balanceada, evoluir e começar a disputar outro tipo de provas. A minha prestação na natação ficou muito aquém daquilo que eu esperava, mas depois consegui fazer uma boa corrida e acabei por ser chamada. A partir daí, passei a integrar os estágios nacionais, a definir objectivos concretos e a treinar com níveis de motivação superior. Actualmente, integro o grupo de trabalho do CAR. Acho, sem dúvida, que é uma excelente iniciativa, pois vem dar oportunidade a muitos jovens de mostrar o seu talento e de, com um enquadramento competitivo focado na Alta Competição, é possível formar grandes atletas. O triatlo em Portugal tem vindo a tornar-se cada vez mais jovem, pelo que o integrar de novos jovens na modalidade ou a aposta em jovens que já praticam triatlo e que precisam apenas de um novo estímulo, trará maior competitividade, maior longevidade e, portanto, maior margem de sucesso a longo prazo."
José Estrangeiro (21 anos): "Apesar de nunca ter participado na Detecção de Talentos, penso que é uma iniciativa muito importante para a modalidade, na medida em que poderá favorecer o aparecimento de atletas, os quais irão contribuir para elevar o nível competitivo nacional e ajudar o triatlo nacional a afirmar-se cada vez mais como uma potência no panorama internacional."
Fonte: FTP 23/02/2009