André Silva vai tentar, este fim-de-semana, levar pela primeira vez o Novelense à final do Nacional primodivisionário, um novo desafio para um jovem de 20 anos que não pára de surpreender. No Mundial de seniores, que foi jogar a Yokohama (Japão) ocupando a 473ª posição do ranking mundial, chegou ao quadro principal, onde se juntou a João Monteiro, Marcos Freitas e Tiago Apolónia. Deixou o Japão no 393º lugar mundial e com outro motivo de orgulho: na prova de pares masculinos, onde fez dupla com Marcos Freitas, ficou em décimo.
Que análise fez ao seu Mundial?
Muito positiva. Era a minha estreia e mais importante seria adaptar-me, para no futuro estar mais à vontade e alcançar melhores resultados. Os objectivos foram superados. Queria passar o grupo, mas depois ganhei mais dois jogos, batendo na última ronda de qualificação um atleta muito difícil - estava na 159ª posição do ranking mundial... - e consegui entrar no mapa final. Em pares, o décimo lugar foi uma surpresa. O meu entendimento com o Marcos Freitas foi perfeito. Jogámos juntos algumas vezes em juniores e fomos terceiros classificados no Mundial no Cairo, em 2006.
Como descreve a experiência?
O que mais me fascinou foi jogar para milhares de adeptos, enquanto em Portugal actuamos para uma centena espectadores. Foi um marco para a minha carreira.
Como foi tão longe na estreia? É profissional?
Sou. Acho possível começar uma carreira profissional em Portugal. Estou numa estrutura muito boa e vai dando para evoluir. Mas sei que para atingir o topo mundial terei de jogar no estrangeiro. Daqui a um ou dois anos terei de emigrar....
"João Monteiro é o melhor"
Como foi a sua relação com João Monteiro, Tiago Apolónia e Marcos Freitas?
Fui muito bem recebido. Apoiaram-me sempre e deram-me conselhos. Disseram-me para ser eu próprio. Há diferenças entre mim e eles. Têm outro ritmo de jogo, de campeonatos mais fortes. Tenho de trabalhar para chegar ao nível deles.
Dos três, qual é o melhor?
O João Monteiro. É o mais velho, mais experiente e está atingir o pico da carreira.
Sonha com os Jogos Olímpicos?
Gostaria de participar, mas não é prioritário. Tenho de subir no ranking mundial para chegar a uma posição que me permita pensar nos Jogos. Agora quero trabalhar bem, para depois sonhar. O mais importante, nesta altura, é participar em provas do Pro Tour. Mas precisava de mais patrocínios e maior intervenção da federação para ir a torneios internacionais. Estou no Centro de Treino de Alto Rendimento do Porto e sou acompanhado pelo seleccionador nacional e meu treinador, Fernando Malheiro. Estou no bom caminho.
Veio a Taça falta o... campeonato
André Silva foi determinante na conquista da Taça de Portugal pelo Novelense, o troféu mais significativo do clube no ténis de mesa. "Foi um momento especial na minha carreira", sublinhou. "É um dos títulos mais importantes em Portugal e acreditámos que poderíamos vencer", acrescentou. "A maioria das pessoas não acreditava no Novelense. A equipa uniu-se e tivemos uma boa estrutura a trabalhar no apoio aos atletas para que isso acontecesse", revelou.
Fundado em 1972, o clube de Penafiel é federado no ténis de mesa desde 1978. Com 27 anos de vida, conquistou esta época a Taça de Portugal, frente ao Sporting, o maior feito de um plantel jovem, mas onde André Silva, Zheng Shun e Diogo Silva são profissionais. Com um orçamento entre os 70 e 75 mil euros, o Novelense começa este fim-de-semana a jogar as meias-finais do campeonato, frente ao São Roque. O próximo objectivo é... o título nacional.
De Valbom até Novelas
Natural de Valbom, André Silva nasceu 8 de Fevereiro de 1989 e começou a praticar ténis de mesa aos sete anos, no Ginásio de Valbom, onde esteve até aos 18 anos. Já se conhecia o seu talento quando mudou para o Novelense, onde está a cumprir a segunda temporada. Os brilharetes já lhe valeram convites, mas para já não vai mudar. "Estou no melhor clube português e sou bem acompanhado. Devemos ser, neste momento, o clube mais profissional em Portugal", explicou.
Fonte: O Jogo 20/05/2009
Que análise fez ao seu Mundial?
Muito positiva. Era a minha estreia e mais importante seria adaptar-me, para no futuro estar mais à vontade e alcançar melhores resultados. Os objectivos foram superados. Queria passar o grupo, mas depois ganhei mais dois jogos, batendo na última ronda de qualificação um atleta muito difícil - estava na 159ª posição do ranking mundial... - e consegui entrar no mapa final. Em pares, o décimo lugar foi uma surpresa. O meu entendimento com o Marcos Freitas foi perfeito. Jogámos juntos algumas vezes em juniores e fomos terceiros classificados no Mundial no Cairo, em 2006.
Como descreve a experiência?
O que mais me fascinou foi jogar para milhares de adeptos, enquanto em Portugal actuamos para uma centena espectadores. Foi um marco para a minha carreira.
Como foi tão longe na estreia? É profissional?
Sou. Acho possível começar uma carreira profissional em Portugal. Estou numa estrutura muito boa e vai dando para evoluir. Mas sei que para atingir o topo mundial terei de jogar no estrangeiro. Daqui a um ou dois anos terei de emigrar....
"João Monteiro é o melhor"
Como foi a sua relação com João Monteiro, Tiago Apolónia e Marcos Freitas?
Fui muito bem recebido. Apoiaram-me sempre e deram-me conselhos. Disseram-me para ser eu próprio. Há diferenças entre mim e eles. Têm outro ritmo de jogo, de campeonatos mais fortes. Tenho de trabalhar para chegar ao nível deles.
Dos três, qual é o melhor?
O João Monteiro. É o mais velho, mais experiente e está atingir o pico da carreira.
Sonha com os Jogos Olímpicos?
Gostaria de participar, mas não é prioritário. Tenho de subir no ranking mundial para chegar a uma posição que me permita pensar nos Jogos. Agora quero trabalhar bem, para depois sonhar. O mais importante, nesta altura, é participar em provas do Pro Tour. Mas precisava de mais patrocínios e maior intervenção da federação para ir a torneios internacionais. Estou no Centro de Treino de Alto Rendimento do Porto e sou acompanhado pelo seleccionador nacional e meu treinador, Fernando Malheiro. Estou no bom caminho.
Veio a Taça falta o... campeonato
André Silva foi determinante na conquista da Taça de Portugal pelo Novelense, o troféu mais significativo do clube no ténis de mesa. "Foi um momento especial na minha carreira", sublinhou. "É um dos títulos mais importantes em Portugal e acreditámos que poderíamos vencer", acrescentou. "A maioria das pessoas não acreditava no Novelense. A equipa uniu-se e tivemos uma boa estrutura a trabalhar no apoio aos atletas para que isso acontecesse", revelou.
Fundado em 1972, o clube de Penafiel é federado no ténis de mesa desde 1978. Com 27 anos de vida, conquistou esta época a Taça de Portugal, frente ao Sporting, o maior feito de um plantel jovem, mas onde André Silva, Zheng Shun e Diogo Silva são profissionais. Com um orçamento entre os 70 e 75 mil euros, o Novelense começa este fim-de-semana a jogar as meias-finais do campeonato, frente ao São Roque. O próximo objectivo é... o título nacional.
De Valbom até Novelas
Natural de Valbom, André Silva nasceu 8 de Fevereiro de 1989 e começou a praticar ténis de mesa aos sete anos, no Ginásio de Valbom, onde esteve até aos 18 anos. Já se conhecia o seu talento quando mudou para o Novelense, onde está a cumprir a segunda temporada. Os brilharetes já lhe valeram convites, mas para já não vai mudar. "Estou no melhor clube português e sou bem acompanhado. Devemos ser, neste momento, o clube mais profissional em Portugal", explicou.
Fonte: O Jogo 20/05/2009