CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL
"Tive de ser guerreiro para, numa altura crítica do encontro, não ser surpreendido". Foi com estas palavras, num misto de alegria e alívio, que Frederico Gil contou onde esteve ontem a chave do triunfo sobre o norte-americano Hugo Armando e a respectiva qualificação para o quadro principal de Wimbledon.

Em quatro sets, pelos parciais de 6-2, 7-6 (7/5), 4-6 e 7-6 (7/3), o número um português e 109º no ranking ATP, impôs-se a um adversário bem mais experiente (sete anos mais velho), mas menos cotado na hieraquia mundial (248º lugar).

"Tentei entrar calmo e consegui manter-me nesse estado durante grande parte do encontro, mas depois de ter estado superconfiante e a vencer por 4-1, com largas hipóteses de fechar em apenas três sets, fiquei ansioso, algo apático, lento e sem grande reacção", recorda Gil a propósito da quebra de produção. Foi então no quarto set que revelou o seu conhecido espírito guerreiro: "Com essa atitude acabei por reencontrar o meu jogo e recuperar a estratégia ideal para seguir em frente".

Se bem que os quase 15 mil euros já assegurados e, já agora, os 20 pontos, sejam importantes, Gil tem agora a missão de fazer melhor do que em Roland Garros, onde após superar o qualifying ficou pela primeira ronda. Tudo dependerá daquilo que o sorteio desta manhã lhe oferecer. "Não quero especular quanto ao adversário preferido, mas gostava de jogar com algum bem mais acessível do que o Federer ou o Nadal", antecipou, antes de assistir ao Portugal-Alemanha, na companhia da irmã e do treinador André Ferreira (João Cunha e Silva está de férias no Brasil). Hoje treina à tarde no All England Club, palco do torneio cujos qualifyings se jogaram em Roehampton.

"Melhor fase da carreira"
Duas presenças consecutivas no qualifying de uma etapa do Grand Slam e outros tantos apuramentos para o quadro principal. Daí que ontem, em declarações à RTPN, Frederico Gil tenha assumido estar "a viver a melhor fase" da carreira. "Acima de tudo sinto confiança em mim e no meu jogo", confessou o campeão nacional, que não actuava em courts de relva há cinco anos, desde a passagem pelo quadro júnior de Wimbledon (oitavos-de-final), em 2003. E agora? "Tenho um feeling de que desta vez serei capaz de vencer a primeira ronda no quadro principal", acrescentou.

Fonte: O Jogo 20/06/2008

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