CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL
Os tempos de trabalho em condições pouco mais do que remediadas têm os dias contados, e as Selecções Nacionais de râguebi deverão, contar com todos os meios necessários às novas exigências.  
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Os tempos de trabalho em condições pouco mais do que remediadas têm os dias contados, e as Selecções Nacionais de râguebi deverão, a partir do próximo ano, contar com todos os meios necessários às novas exigências.

É um "prémio" pelos resultados conseguidos e também pelo impacto que a ida ao Mundial gerou junto dos organismos que dirigem a modalidade e das autoridades nacionais.

Um acordo entre a Federação Portuguesa de Râguebi (FPR) e o Governo, através do Instituto do Desporto, ao qual se deverá juntar a International Rugby Board (IRB), permitiu avançar com o projecto do Centro de Alto Rendimento no complexo desportivo do Jamor.

O projecto, orçado em cerca de dois milhões de euros, será comparticipado em 900 mil pelo Estado, enquanto a parte restante será repartida entre IRB (cuja verba ainda não foi decidida) e fundos próprios da FPR.

As novas instalações vão compreender dois campos relvados - um de relva natural e outro, já construído, em piso artificial -, um ginásio de 600 metros quadrados, jacúzi, sauna, banho turco e ainda um auditório com capacidade de 60 lugares, 300 metros quadrados destinados a escritórios e área idêntica de arrecadações. Os dois campos vão ser servidos por duas bancadas cobertas, com 800 lugares cada.

António Águas, o responsável pelas infra-estruturas, adiantou: "Dirigentes da IRB estiveram cá, verificaram as instalações e analisaram o projecto. Explicámos tudo e agora aguardamos confiantes pela resposta."

A política de desenvolvimento da IRB apoia este tipo de projectos, fundamental para os grandes objectivos dos Lobos - Mundial de Sevens em 2009, no Dubai, e de 15 em 2011, na Nova Zelândia.

Treinos mais frequentes
As novas instalações, associadas ao aumento do orçamento da FPR, como resultado da entrada de novos "sponsors", vão possibilitar um grande salto qualitativo. A semiprofissionalização vai permitir ao seleccionador nacional, Tomaz Morais, poder contar com um grupo de 30 jogadores mais disponíveis.

Isso representará três treinos/semana no ginásio e duas sessões de trabalho no campo, sendo intensificado o ritmo antes dos jogos das Selecções. Estão ainda previstos dois estágios, já este ano, um na África do Sul e outro na Irlanda, permitindo aos Lobos jogar com equipas mais fortes, a melhor forma de evoluir, como o comprovaram os estágios de 2007

Fonte: O Jogo 26/03/2008