CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL
Com dupla nacionalidade, Tiago Sousa, guarda-redes da Oliveirense, é o guardião titular de Angola. No Torneio de Montreux, fechou a baliza da equipa africana, mas acabou traído pelo golo de ouro da Argentina, que lhe roubou o terceiro lugar.

Enquanto Angola investe na recuperação de um país assolado por uma devastadora guerra civil (1975 a 2002), o hóquei promete prosperar e Tiago quer repetir a experiência: "Há uma preocupação em apostar no hóquei, embora os angolanos tenham a noção de que estão atrasados e de que muito falta caminhar."

Em ritmo de Taça das Nações, Tiago vira-se agora para a Taça CERS, para a qual se sente a postos: "Eu venho de um andamento diferente, porque estive numa prova onde defrontei os melhores do Mundo, mas a equipa está parada há bastante tempo. Vamos ver como reagimos. O Mataró aposta no contra-ataque, mas nós estamos habituados, porque em Portugal o jogo é mais aberto e estamos mais expostos a essas situações."

Ciente das responsabilidades, sublinhou: "O processo de jogo passa muito pela inspiração do guarda-redes. É ele que pode transmitir mais confiança à equipa."

Optimismo é obrigatório e nem o facto da adaptação ser muito em cima da hora do jogo parece perturbar: "Depois dos treinos passam um produto no mosaico que altera a aderência. Já me aconteceu, em Réus, treinar de manhã num piso em que os patins deslizavam e, à tarde, as rodas agarravam."

Fonte: O Jogo 17/04/2009

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