CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL
Em ano de Jogos Olímpicos, duas semanas após a realização dos Europeus de longa (50 metros), em cima dos trials de apuramento para Pequim dos principais países do mundo, os Mundiais de Manchester (25 metros), que se disputarão entre hoje e domingo, aparecem assim como um acidente de percurso e, aparentemente, sem razão de ser.

Para os da frente não passará de um bom treino, onde poucos aparecerão na melhor forma (excepção, talvez, à comitiva britânica, que joga em casa).

Para que se compreenda a pouca razão de ser dos Mundiais, refira-se que os Estados Unidos nem sequer obrigaram os atletas a ir (era opcional) e, batendo a lista de inscritos, são mais as ausências dos grandes valores do que as presenças.

Portugal não foge à regra e, dos oito olímpicos, apenas apresentará a competir três atletas: Diogo Carvalho, Sara Oliveira e Tiago Venâncio.

O resto da comitiva, composta por mais sete nadadores, encerra esperanças e segundas linhas.

Sem contar para a obtenção de mínimos, os Mundiais de Manchester surgem, assim, mais numa lógica comercial do que competitiva, sendo muito duvidoso o proveito que um nadador de alta competição possa retirar da participação, salvo casos pontuais, como Sara Oliveira e Tiago Venâncio que, em recuperação de lesões, procuram ritmo que a competição, seja ela qual for, pode proporcionar.

Fonte: O Jogo 09/04/2008