Hugo Gonçalves, Seleccionador Nacional de Hóquei de Sala dos Sub-21 Masculinos, faz o balanço/resumo do Europeu de Lignano, onde os Linces terminaram em 5º lugar. O espinhense destaca o jogo com a Itália como o mais decisivo da prova, salienta o enorme potencial dos atletas que fizeram parte desta Selecção, inclusive durante a preparação, e deixa ainda algumas palavras de apreço e agradecimento.
Balanço/resumo de Hugo Gonçalves realizado ao Dept. de Comunicação da FPH
E então chegava dia 12, o da viagem, e todos os “artistas” estavam ansiosos por conhecer o palco dos sonhos… Efectuamos escala em Madrid, onde nos reunimos com a restante comitiva, proveniente de Lisboa. Chegamos a Lignano, por volta das 22h, e a primeira impressão do local não foi das melhores.
Tratava-se de uma enorme instância balnear, o que significa nesta altura do ano uma mini “cidade fantasma”. Um local excelente mas apenas vocacionado para o período sazonal de Verão. Logo se percebeu que a existência de público no decorrer do campeonato não seria uma realidade.
Dia 13, quinta-feira, e a primeira sessão de treinos do dia estava destinada a Portugal. O Pavilhão era fenomenal, localizado ao lado do centro de estágio. Uma infra-estrutura óptima para acolher qualquer tipo de evento desportivo. Finalizado o treino de 1h a sensação foi comum, o piso apesar de ser excelente estava sujo, com muito pó o que o tornava muito escorregadio.
Dia 14, sexta-feira, demos início à nossa participação no campeonato. Estávamos seguros e convictos do nosso real valor, bem como de consciência tranquila pelo trabalho árduo realizado e após as primeiras impressões, obtidas no dia anterior, das restantes equipas a VITÓRIA FINAL no campeonato era um objectivo realista.
O primeiro Jogo, Ucrânia (4-4).Tratou-se de um jogo muito físico, onde após muita incerteza no resultado acabamos por ser “bafejados” pela sorte uma vez que obtivemos o empate já depois do apito final na sequência de um canto-curto. O jogo contra a Croácia (5-3) foi um jogo perfeitamente controlado da nossa parte.
No final deste dia mantínhamos os nossos objectivos em aberto, e o jogo contra a Itália do dia seguinte foi encarado como uma final antecipada.
Dia 15, sábado, 13h40 locais, jogo PORTUGAL-ITÁLIA (7-10), garantidamente o melhor jogo do campeonato, não só pela carga emocional associada ao jogo mas também pelo desenrolar do mesmo, associado à qualidade técnico-táctica. “Momento chave”: a 5m do final perdíamos por 2 golos (5-7). Os Italianos vêem-se reduzidos a 4 jogadores (1 verde/1 amarelo), e a nossa mais-valia, superioridade numérica, em todo o campeonato não se verificou e acabamos por sofrer no final uma derrota muito difícil de digerir por parte de toda a comitiva.
Os principais objectivos tinham caído por terra… e 3 horas depois estávamos a disputar o “campeonato da descida”.
O jogo PORTUGAL-TURQUIA (6-6) é um jogo em que apesar da nossa superioridade teórica, dadas as contingências, não conseguimos materializar na prática essa superioridade.
Dia 16, domingo, PORTUGAL – HUNGRIA (10-4), um jogo em que deixamos claramente a noção que o 5º posto teve um sabor muito amargo, e que merecíamos muito mais.
Em conclusão/balanço penso que esta “fornada/naipe” de jogadores, não só estes 12 “magníficos”, mas sim de um universo de 18/19/20 jogadores deixa antever um futuro garantido, e com potencial para obter patamares de resultados mais elevados até hoje alcançados. É necessário para isso que a FPH mantenha a aposta nesta juventude.
Gostaria ainda de deixar mais umas palavras de apreço e agradecimento:
- aos jogadores pela forma como se entregaram e honraram dentro e fora de campo o bom nome de PORTUGAL;
- ao Mário e Bruno, 13º e 14º jogadores, pela forma como se entregaram até ao último treino;
- reforçar os parabéns ao David pela obtenção do prémio individual de melhor jogador do torneio;
- ao público português presente nas bancadas, pela forma sofrida que viviam os jogos;
- ao Bruno Santos (árbitro português) que directa ou indirectamente acabou por contribuir para esta “boa” prestação.
Fonte: FPHoquei 26/01/2011
Balanço/resumo de Hugo Gonçalves realizado ao Dept. de Comunicação da FPH
E então chegava dia 12, o da viagem, e todos os “artistas” estavam ansiosos por conhecer o palco dos sonhos… Efectuamos escala em Madrid, onde nos reunimos com a restante comitiva, proveniente de Lisboa. Chegamos a Lignano, por volta das 22h, e a primeira impressão do local não foi das melhores.
Tratava-se de uma enorme instância balnear, o que significa nesta altura do ano uma mini “cidade fantasma”. Um local excelente mas apenas vocacionado para o período sazonal de Verão. Logo se percebeu que a existência de público no decorrer do campeonato não seria uma realidade.
Dia 13, quinta-feira, e a primeira sessão de treinos do dia estava destinada a Portugal. O Pavilhão era fenomenal, localizado ao lado do centro de estágio. Uma infra-estrutura óptima para acolher qualquer tipo de evento desportivo. Finalizado o treino de 1h a sensação foi comum, o piso apesar de ser excelente estava sujo, com muito pó o que o tornava muito escorregadio.
Dia 14, sexta-feira, demos início à nossa participação no campeonato. Estávamos seguros e convictos do nosso real valor, bem como de consciência tranquila pelo trabalho árduo realizado e após as primeiras impressões, obtidas no dia anterior, das restantes equipas a VITÓRIA FINAL no campeonato era um objectivo realista.
O primeiro Jogo, Ucrânia (4-4).Tratou-se de um jogo muito físico, onde após muita incerteza no resultado acabamos por ser “bafejados” pela sorte uma vez que obtivemos o empate já depois do apito final na sequência de um canto-curto. O jogo contra a Croácia (5-3) foi um jogo perfeitamente controlado da nossa parte.
No final deste dia mantínhamos os nossos objectivos em aberto, e o jogo contra a Itália do dia seguinte foi encarado como uma final antecipada.
Dia 15, sábado, 13h40 locais, jogo PORTUGAL-ITÁLIA (7-10), garantidamente o melhor jogo do campeonato, não só pela carga emocional associada ao jogo mas também pelo desenrolar do mesmo, associado à qualidade técnico-táctica. “Momento chave”: a 5m do final perdíamos por 2 golos (5-7). Os Italianos vêem-se reduzidos a 4 jogadores (1 verde/1 amarelo), e a nossa mais-valia, superioridade numérica, em todo o campeonato não se verificou e acabamos por sofrer no final uma derrota muito difícil de digerir por parte de toda a comitiva.
Os principais objectivos tinham caído por terra… e 3 horas depois estávamos a disputar o “campeonato da descida”.
O jogo PORTUGAL-TURQUIA (6-6) é um jogo em que apesar da nossa superioridade teórica, dadas as contingências, não conseguimos materializar na prática essa superioridade.
Dia 16, domingo, PORTUGAL – HUNGRIA (10-4), um jogo em que deixamos claramente a noção que o 5º posto teve um sabor muito amargo, e que merecíamos muito mais.
Em conclusão/balanço penso que esta “fornada/naipe” de jogadores, não só estes 12 “magníficos”, mas sim de um universo de 18/19/20 jogadores deixa antever um futuro garantido, e com potencial para obter patamares de resultados mais elevados até hoje alcançados. É necessário para isso que a FPH mantenha a aposta nesta juventude.
Gostaria ainda de deixar mais umas palavras de apreço e agradecimento:
- aos jogadores pela forma como se entregaram e honraram dentro e fora de campo o bom nome de PORTUGAL;
- ao Mário e Bruno, 13º e 14º jogadores, pela forma como se entregaram até ao último treino;
- reforçar os parabéns ao David pela obtenção do prémio individual de melhor jogador do torneio;
- ao público português presente nas bancadas, pela forma sofrida que viviam os jogos;
- ao Bruno Santos (árbitro português) que directa ou indirectamente acabou por contribuir para esta “boa” prestação.
Fonte: FPHoquei 26/01/2011