CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL

O júnior Gaspar Gonçalves foi hoje o melhor corredor português no Campeonato do Mundo de Contrarrelógio, terminando na 47.ª posição a prova de 22,1 quilómetros, com início e final em Florença.

O corredor natural de Lamego cumpriu a prova em 29m13s, a 2m16s do belga Igor Decraene, que bateu toda a concorrência com um tempo de 26m56s. O dinamarquês Mathias Krigbaum foi o segundo classificado, a 8 segundos. O terceiro foi o estadunidense Mostov Zeke, a 20 segundos.

“Estou a atravessar um bom momento e estive bem tecnicamente, fazendo as trajetórias praticamente todas de forma correta. No entanto, o percurso era demasiado plano para as minhas caraterísticas, pelo que fiz o melhor que pude”, disse Gaspar Gonçalves após o esforço.

O outro luso em prova foi César Martingil, que foi o 77.º classificado, a 3m14s do vencedor. “Talvez tenha pago a fatura de me ter excedido na fase inicial do contrarrelógio, quebrando entre o quilómetro 11 e o 16. Se tivesse doseado melhor o eforço, talvez conseguisse um resultado melhor”, reconheceu o ribatejano.

“Tendo em conta que em Portugal há poucas oportunidades para os nossos juniores fazerem contrarrelógios com esta extensão, os resultados enquadram-se dentro do que é razoável esperar. Mais do que a posição que ocuparam, interessa perceber qual a diferença para os melhores do mundo. Perder pouco mais de dois minutos, como fez o Gaspar, acaba por não ser um mau resultado. O principal objetivo para esta prova era ganhar experiência, as expectativas, nos juniores, são mais elevadas para a corrida de fundo, onde o César, o Gaspar e o David Ribeiro têm condições para aspirar a um bom resultado”, frisou o selecionador nacional, José Poeira.

Amanhã Tiago Machado e Nelson Oliveira representam a Seleção Nacional/Liberty Seguros no contrarrelógio de elite, que vai ligar as Termas de Montecatini a Florença, na distância de 57,9 quilómetros. Tiago Machado sai para a estrada às 12h19 e Nelson Oliveira arranca às 12h51 (hora portuguesa).

“Vou fazer como sempre que corro, vou dar o meu melhor. Sei que os adversários são muito fortes, mas quero dignificar as cores nacionais. Cheguei ontem a Itália e já tive a oportunidade de reconhecer parte do percurso do contrarrelógio. Há um topo de início, mas resto é tudo plano. Será igual para todos e tentarei fazer o melhor possível”, promete Tiago Machado.

“Trabalhei muito para este contrarrelógio e estou totalmente focado nesta prova. Agora resta-me dar o máximo, com o intuito de levar um bom resultado para Portugal. Preferia um traçado mais acidentado, porque tenho 65 quilos e não o peso de um Fabian Cancellara ou de um Tony Martin, que saem mais beneficiados com um contrarrelógio tão extenso e rolante. A fase final é a única com exigência técnica, durante 50 quilómetros será sempre a rolar e aí o vento poderá ter um papel importante no desfecho da prova”, afirma Nelson Oliveira.

Fonte: UVP/FPC, 24/09/2013