CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL
Espectacular fim de semana em Espanha com a vitória e consequente lugar mais alto no pódio da sua categoria de Sub-21, 2º lugar em Sub-23 e o espectacular 12º à geral, numa corrida com alguns dos melhores atletas do Mundo como os olímpicos Inaki Lejarreta e Carlos Coloma, Ruben Ruzafa entre outros cracks.

12º à geral, a melhor classificação portuguesa em Elites no Open de Espanha de que há memória. 2º Sub-23 arrecadando aqui nesta prova os seus primeiros pontos UCI e os primeiros pontos UCI “importados” por um português de uma taça nacional estrangeira, os tais que, apesar de serem ainda poucos, por virem de fora, são que fazem falta a Portugal para a subida no ranking internacional de nações.

Devagar, com muita tranquilidade e progressividade e no caso, com uma grande ajuda da organização do Open de Espanha, as coisas começam a correr como se quer. A grande ajuda da organização veio na pessoa do Director deste grande troféu, Albert, alguém que conhece e sabe o valôr do Ricardo, pois há 3 anos que o vê a ganhar na sua Taça Nacional, alguém que reconheceu por sí, que o lugar de partida do Ricardo não se coaduna com os últimos lugares de um pelotão de mais de 100 corredores, e por isso e de auto recreação colocou o Ricardo na “parrilla” de saída VIP como “convidado internacional”, zona esta onde apenas cabem 25 atletas que ocupam os primeiros lugares da classificação do Open e os atletas convidados e evidentemente… bem tratados. Com isto o Ricardo acabou por ser o 7º atleta a ser chamado, ficou colocado na primeira fila, e conseguíu com isso o brilharete de ter arrancado fortemente colocando-se na frente de todo o pelotão internacional, algo estranho mas engraçado de vêr.

No final da primeira volta já se tinham destacado com algum à vontade, 4 atletas: Ruzafa, Lejarreta, Coloma e… Ricardo!? E assim se manteve o Ricardo por cerca de 2 voltas neste lugar de honra junto com os lideres da corrida, até ao ataque de um deles que colocou o comboio em velocidades ainda pouco adaptadas à idade, experiencia do Ricardo nesta nova categoria e acima de tudo à fase inicial da época onde o Ricardo ainda está longe do seu melhor. Nessa altura o Ricardo descolou desse grupo mas manteve a vontade de os alcançar dado que por muito tempo a distancia era curta e este grupo de estrelas mantinha-se à vista. Esta perseguição temerária, terá sido uma opção valente mas um pouco arriscada pois o enorme desgaste que causou, acabou por fazer com que o Ricardo fosse apanhado pelo comboio que vinha atrás a cerca de 1 minuto. Depois foi gerir o “estrago” e tentar fazer o melhor. Se a corrida tivesse sido gerida para um bom lugar, estariamos agora a falar de um lugar de excelência, mas como sempre, o Ricardo podendo, não larga a frente da corrida de forma fácil.

Uma corrida onde muito aprendeu, quer em termos físicos, quer em termos de gestão e táctica, sendo que esta fase ainda de formação, da carreira do Ricardo está feita mesmo… para aprender. 

Com esta ajuda da organização do Open de Espanha, bem aproveitada em pista pelo Ricardo, acabou ele por ficar em 22º da geral do Open, garantindo assim e agora já pelo lugar que ocupa nessa mesma, nova partida na zona VIP para a próxima prova que decorrerá dentro de 15 dias em Aviles e na qual o Ricardo correrá este ano pela primeira vez com o Jersey das Quinas, ao serviço da Selecção Nacional de BTT, sob as ordens do Seleccionador Nacional Pedro Vigário, partindo assim pelo menos da 2ª fila de um pelotão que normalmente leva mais de 150 atletas a Aviles, a um circuíto que o Ricardo conhece bem, tendo aí vencido a primeira prova do ano, em Março de 2009, então no começo do magnífico ano qe culminou com a medalha de Prata no Campeonato do Mundo.

Fonte: RM 28/03/2010

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