Até onde iria Vanessa Fernandes, caso escolhesse o ciclismo? Em Espanha, Iván Raña, campeão mundial de triatlo em 2002 e quinto classificado nas Olimpíadas de Pequim, tornou-se no primeiro triatleta que optou por uma carreira no ciclismo, a sua modalidade de eleição e que já havia experimentado em provas amadoras. No Inverno, assinou um contrato profissional com a Xacobeo-Galicia e vai alinhar, pela primeira vez, no Giro.
Na Volta ao Alentejo, Raña é o mais ilustre dos desconhecidos do pelotão, o ciclista a quem "doem as pernas quando as etapas são mais longas e as provas têm mais dias", refere. Aos 29 anos, não é fácil mudar de vida. Passar dos treinos bidiários entre piscina e estrada para as centenas de quilómetros no asfalto. O corpo emagreceu, acusou o desgaste, perdeu massa muscular no trem superior, o próprio coração de triatleta mudou: tem paredes cardíacas mais fortes do que os colegas de equipa, mas a sua dimensão e "débito" cardíaco é menor. Em resumo, tem "motor", mas "pouca cilindrada".
"Já treina connosco há algum tempo. Tenho confiança que se adaptará, mas precisa de tempo, de muito trabalho e volume", resume Alejandro Marque, colega galego da Palmeiras-Tavira. "Um ano não basta para transformar um dos melhores triatletas do mundo num ciclista profissional. Precisa de tempo, de dois anos", resume.
Iván Raña, 29 anos, confessa que tem "dificuldades em andar no pelotão". No Challenge de Maiorca, na estreia mediática da nova carreira, caiu e fracturou a clavícula. "É o posicionamento no pelotão. É fácil em treinos, mas difícil em corrida. Tudo acontece ao mesmo tempo e é complicado", reconhece, acrescentando que não se dá "bem com as subidas". A experiência abriu-lhe portas, mas em 2011 volta ao triatlo: "É público. Quero estar nos Jogos de Londres."
Fonte: O Jogo 02/04/2009
Na Volta ao Alentejo, Raña é o mais ilustre dos desconhecidos do pelotão, o ciclista a quem "doem as pernas quando as etapas são mais longas e as provas têm mais dias", refere. Aos 29 anos, não é fácil mudar de vida. Passar dos treinos bidiários entre piscina e estrada para as centenas de quilómetros no asfalto. O corpo emagreceu, acusou o desgaste, perdeu massa muscular no trem superior, o próprio coração de triatleta mudou: tem paredes cardíacas mais fortes do que os colegas de equipa, mas a sua dimensão e "débito" cardíaco é menor. Em resumo, tem "motor", mas "pouca cilindrada".
"Já treina connosco há algum tempo. Tenho confiança que se adaptará, mas precisa de tempo, de muito trabalho e volume", resume Alejandro Marque, colega galego da Palmeiras-Tavira. "Um ano não basta para transformar um dos melhores triatletas do mundo num ciclista profissional. Precisa de tempo, de dois anos", resume.
Iván Raña, 29 anos, confessa que tem "dificuldades em andar no pelotão". No Challenge de Maiorca, na estreia mediática da nova carreira, caiu e fracturou a clavícula. "É o posicionamento no pelotão. É fácil em treinos, mas difícil em corrida. Tudo acontece ao mesmo tempo e é complicado", reconhece, acrescentando que não se dá "bem com as subidas". A experiência abriu-lhe portas, mas em 2011 volta ao triatlo: "É público. Quero estar nos Jogos de Londres."
Fonte: O Jogo 02/04/2009