CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL
ciclismo
Os 18 jornalistas estrangeiros acreditados, os resumos no Eurosport e um pelotão com 11 das 18 equipas ProTour, o escalão das melhores do Mundo, chegam para explicar praticamente tudo.

Nunca a Volta a Portugal cativou tanto interesse, a nível internacional, como aquele que a partir de hoje a Volta ao Algarve vai merecer. E a maioria das atenções, dentro de um pelotão que integra campeões mundiais, vai para o homem que nos últimos dois anos ganhou todas as Grandes Voltas em que participou: Alberto Contador.
Apesar de tudo, e tal como os portugueses não dedicam a esta corrida as atenções que em Agosto dispensam ao ciclismo, também o homem que venceu Tour, Giro e Vuelta vai evoluindo na época longe da multidão eufórica que rodeia o seu companheiro Lance Armstrong.

Aquilo que parece ser um paradoxo até possui explicações simples. Os portugueses habituaram-se a seguir a sua maior Volta, aquela em que os ciclistas das equipas nacionais aparecem em grande forma e enfrentam etapas verdadeiramente selectivas, pelo que só o passar dos anos os levará a ter um interesse aproximado por uma prova de início de época e que cada vez mais se torna presa fácil para os "tubarões" do pelotão internacional, sejam eles sprinters ou contra-relogistas. Eles são melhores, chegam com preparação superior - este ano duas das equipas portuguesas, Liberty e Palmeiras-Tavira, até correram no Gabão e na Argentina para ganharem uma rodagem mais aproximada - e têm etapas à sua medida, com finais a rolar e um contra-relógio de uma dimensão (33,7 km) que os portugueses só tornam a encontrar na Volta.

Quanto a Alberto Contador, e apesar da sua simpatia contagiante e natural, ainda está a conquistar um carisma - e um palmarés - semelhante ao de Lance Armstrong. A sua popularidade terá de seguir o mesmo caminho, apesar da aparente contradição: o actual dominador das corridas de três semanas é o espanhol e o ídolo norte-americano ainda terá de provar... estar à altura.

Lance Armstrong e Floyd Landis reencontraram-se esta semana na Volta à Califórnia, ambos de regresso ao ciclismo, mas o segundo após a suspensão pelo "positivo" que lhe tirou a vitória na Volta a França.

São agora adversários, como já o eram há três anos, mas curiosamente a "independência" de Landis começou depois de 2004, quando Armstrong lhe "ofereceu" o triunfo no Volta ao Algarve, levando-o a concluir que estaria melhor como rival do devorador de Voltas a França. Uma opção que lhe saiu cara.

Fonte: O Jogo 18/02/2009

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