Com a abertura da nova época, a modalidade sofre também de problemas financeiros e isso reflecte-se na existência de corredores no desemprego num pelotão composto apenas por seis equipas e 78 corredores (menos 35 do que na época passada).
A dependência dos apoios publicitários reflecte-se na medida que, segundo afirma o presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, "as firmas, quando não estão bem, a primeira coisa em que cortam é a publicidade, e o ciclismo ressente-se”.
"Não há garantias de que não haja organizadores que, até fim do ano, desistam das suas corridas por falta de patrocínios", afirma.
O final da LA-MSS e a retirada do Benfica foram importantes nesta situação e, mesmo novos projectos como o Oeste Procycling e Cartacho, ficaram apenas no papel por falta de apoios. Reflexo da má fase do ciclismo em Portugal é Hélder Miranda que, aos trinta anos, abandonou a modalidade depois de ter feito parte da equipa encarnada.
"É triste. Tinha ideia de continuar, mas decidi abandonar. Com os ordenados que me propunham, não valia a pena continuar, porque não justificavam os sacrifícios que tinha e fazer. Agora ganho praticamente o mesmo, mas não tenho os encargos que a vida de ciclista implica", afirmou Hélder Miranda à Agência Lusa.
A desconfiança dos patrocinadores leva muitas vezes à redução ou ao congelamento de ordenados como afirma Américo Silva, director desportivo da Liberty Seguros (equipa detentora do maior orçamento do pelotão português): "Alguns corredores que há dois ou três anos recebiam 50 mil euros anuais, vão custar esta época por volta de 25 mil euros".
O treinador da equipa Palmeiras Resort-Prio reconhece a redução dos salários embora os mais jovens “tiveram pequenas actualizações.” Jorge Corvo garantiu o patrocinador logo no final da edição anterior e, mantendo o orçamento de 800 mil euros, confirma que a vitoria do espanhol David Blanco foi essencial para não reduzir o orçamento. Apesar da vitória, o manager da equipa algarvia, "esperava mais facilidade, maior abertura" por parte das entidades patrocinadoras mas, ao contrário do que se esperava, “todas as entidades têm tentado dilatar os prazos para cumprimento dos contratos".
As restantes equipas, Barbot-Siper, Fercase-Paredes Rota dos Móveis, Madeinox-Boavista e CC Loulé-Louletano apresentam orçamentos mais modestos e até reduzidos face ao ano anterior, como é o caso do clube de Paredes.
Com 320 mil euros, a equipa comandada por Mário Rocha dispõe de menos 50 mil do que 2008 e o principal patrocinador, com o qual chegou a ser anunciado o fim da ligação, apenas decidiu prolongar o apoio a duas semanas do arranque da temporada.
Fonte: UVP/FPCiclismo 17/02/2009
A dependência dos apoios publicitários reflecte-se na medida que, segundo afirma o presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, "as firmas, quando não estão bem, a primeira coisa em que cortam é a publicidade, e o ciclismo ressente-se”.
"Não há garantias de que não haja organizadores que, até fim do ano, desistam das suas corridas por falta de patrocínios", afirma.
O final da LA-MSS e a retirada do Benfica foram importantes nesta situação e, mesmo novos projectos como o Oeste Procycling e Cartacho, ficaram apenas no papel por falta de apoios. Reflexo da má fase do ciclismo em Portugal é Hélder Miranda que, aos trinta anos, abandonou a modalidade depois de ter feito parte da equipa encarnada.
"É triste. Tinha ideia de continuar, mas decidi abandonar. Com os ordenados que me propunham, não valia a pena continuar, porque não justificavam os sacrifícios que tinha e fazer. Agora ganho praticamente o mesmo, mas não tenho os encargos que a vida de ciclista implica", afirmou Hélder Miranda à Agência Lusa.
A desconfiança dos patrocinadores leva muitas vezes à redução ou ao congelamento de ordenados como afirma Américo Silva, director desportivo da Liberty Seguros (equipa detentora do maior orçamento do pelotão português): "Alguns corredores que há dois ou três anos recebiam 50 mil euros anuais, vão custar esta época por volta de 25 mil euros".
O treinador da equipa Palmeiras Resort-Prio reconhece a redução dos salários embora os mais jovens “tiveram pequenas actualizações.” Jorge Corvo garantiu o patrocinador logo no final da edição anterior e, mantendo o orçamento de 800 mil euros, confirma que a vitoria do espanhol David Blanco foi essencial para não reduzir o orçamento. Apesar da vitória, o manager da equipa algarvia, "esperava mais facilidade, maior abertura" por parte das entidades patrocinadoras mas, ao contrário do que se esperava, “todas as entidades têm tentado dilatar os prazos para cumprimento dos contratos".
As restantes equipas, Barbot-Siper, Fercase-Paredes Rota dos Móveis, Madeinox-Boavista e CC Loulé-Louletano apresentam orçamentos mais modestos e até reduzidos face ao ano anterior, como é o caso do clube de Paredes.
Com 320 mil euros, a equipa comandada por Mário Rocha dispõe de menos 50 mil do que 2008 e o principal patrocinador, com o qual chegou a ser anunciado o fim da ligação, apenas decidiu prolongar o apoio a duas semanas do arranque da temporada.
Fonte: UVP/FPCiclismo 17/02/2009