CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL
Na ressaca do desaire letão, mais uma viagem. Talin ficou a uns escassos 50 minutos de viagem, percorridos numa "chocolateira" da Air Baltic que abanou por todo lado e transformou o "pequeno" Mário Fernandes numa estaca quase a bater no tecto do avião. Face a isto, imaginem como se sentiu Elvis Évora, que parecia estar no Portugal dos Pequenitos...

Na bagagem, Moncho López levava essencialmente tristeza. "Estou triste por ainda não termos vencido e termos perdido estes dois jogos desta maneira", desabafou o seleccionador nacional, recordando Macedónia e Letónia. "Sei lidar com o sucesso e o insucesso, já vivi as duas experiências e por isso digo que não estou arrependido de ter partido para esta aventura. Não gosto de me desculpar, mas também não posso ocultar os azares que têm surgido", lamentou, sabendo que mais um se anuncia para sábado. É que Nuno Marçal está seriamente em risco para o jogo contra a Estónia, enquanto Jorge Coelho, mesmo ainda com dores no tricípite, tudo fará para entrar em campo.

"Estes jogadores têm feito tudo e não lhes posso exigir mais, têm sido muitas contrariedades e eles são incansáveis", comentou Moncho López, que não se diz imune às críticas. "Desportivamente tenho de as aceitar, pois os resultados não apareceram, e por isso também sei que o lugar de treinador é o primeiro a ser posto em causa. Mesmo assim, penso que ficarei em Portugal por muitos e bons anos. Não assinei pelo dinheiro e estou de alma e coração pelos jogadores e pelo presidente", completou o técnico espanhol.

A sua mala já rolava pelo tapete rolante do aeroporto de Talin, e tal como as restantes era farejada por "Rufus", um cão da polícia alfandegária, que não encontrou nada ilegal. A comitiva lusa terminou o dia seguindo para o hotel e apreciando os grandes cartazes a anunciar o concerto de Maria João e Mário Laginha (dias 24 e 25) na capital da Estónia.

Fonte: O Jogo 12/09/2008