CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL
Depois da derrota com a Estónia no primeiro jogo da qualificação para o Eurobasket 2009, a selecção portuguesa entrou numa louca, intensa e cansativa jornada de viagens, com destino final na Macedónia, onde amanhã defronta a selecção da casa. O extenuante programa da comitiva nacional teve início à 1h30 da madrugada.

Os jogadores e equipa técnica partiram de Ovar, onde defrontaram os estonianos, tendo chegada a Lisboa quando o relógio marcava as 4h45 da manhã. O problema é que o check-in no aeroporto de Lisboa estava marcado para as 7h30. Conclusão: duas horas de sono mal dormido, olheiras e uma moedeira no corpo pior do que uma das mais intensas sessões de treino lideradas pelo preparador físico da Selecção, Rui Miranda.

No balcão da TAP tudo a postos para receber a Selecção Nacional. Bagagem atrás de bagagem, e depois de uma confusão com o bilhete de José Silva que estava no nome de Nuno Cortez, o zeloso pessoal de terra da transportadora aérea portuguesa começou a levar 15 euros por cada quilo extra de bagagem. Ora se o peso excedia em 100 quilos, a conta da federação acabou por levar um rombo de 1500 euros. Normas aplicadas a qualquer passageiro e sem excepções para a selecção lusa.

Horas mais tarde, o aeroporto de Budapeste acabou por ser o hotel improvisado da comitiva. É que a escala teve, nada mais, nada menos, do que nove horas de duração. Enquanto os jogadores fintavam o cansaço a jogar "Uno" e a ver os Simpsons, presidente e director técnico nacional não resistiram ao desgaste físico e adormeciam em pleno café do aeroporto húngaro. O despertar deu-se em sintonia com a chamada para o embarque rumo a Skopje e 40 minutos depois aterrava-se na capital macedónia. "O hotel é longe?" pergunta-se no autocarro. A resposta foi desoladora: "É o mesmo de há dois anos". O medo estava instalado. Os jogadores rezavam para que, pelo menos, o elevador já funcione.

Fonte: O Jogo 05/09/2008