CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL
O presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol afirmou que o novo modelo competitivo do campeonato luso, aprovado sábado por larga maioria, é o melhor para o panorama actual, mas vai ser reavaliado no final de 2008/09.

"Este modelo (12+12) é o que melhor serve, nesta conjuntura, o basquetebol português no seu todo, mas isto não quer dizer que vá vigorar para sempre. No final da época vamos avaliar e estamos prontos a fazer modificações”, explicou Mário Saldanha.

Com a dissolução da Liga, a AG da FPB aprovou um novo modelo de campeonato com as oito equipas vindas da Liga e as quatro semi-finalistas da Proliga de um lado (A1) e as restantes da Proliga de outro (A2), sendo que, apesar de as classificações serem distintas, haverá jornadas cruzadas.

"Lutámos pelo que achávamos que era melhor para o basquetebol português, para a sua verdadeira identidade", disse Mário Saldanha, reconhecendo que "noutras circunstâncias" se poderia ter uma só divisão "se calhar com 14 clubes".

De acordo com o líder federativo, esta "era a proposta do FC Porto, mas não foi defendida pela Associação de Basquetebol do Porto", pelo que, além da fórmula da FPB, que vingou, apenas existia uma da Associação de Coimbra (16+14).

"Admito que os encontros entre as melhores equipa que vieram da Liga e as do meio da tabela para baixo da Proliga possam ser desequilibrados, mas também seriam (na outra versão) os jogos entre o primeiro e o 16º classificado", explicou.

Mário Saldanha admite também que a FPB está a pedir "alguns sacrifícios aos clubes" que vieram da Liga - "a Liga não vingou e agora os seus clubes têm de ajudar os outros" -, mas espera que o novo campeonato traga "mais espectadores, com mais portugueses e menos estrangeiros (cada equipa apenas pode contar com três)".

Neste processo de fim da Liga profissional, foram também afectados jogadores e árbitros, mas o líder federativo garante apoio para todos os agentes de modalidade, deixando claro: "o profissionalismo não acabou, só acabou a Liga profissional".

"Alguns jogadores podem estar preocupados com o fim da Liga profissional, mas podem contar com a FPB como um parceiro", disse Mário Saldanha.

"Não deixa de haver profissionais. O futebol também não é só profissional na Liga e Liga de Honra", refere o responsável federativo.

Este apoio estende-se aos árbitros: "se estamos a defender jogadores e treinadores, não podíamos esquecer a arbitragem. É preciso esquecer que, na época passada, com dívidas, tiveram a atenção de não prejudicar os play-offs da Liga".

"Os clubes têm dívidas de cerca de 90.000 euros e nenhum poderá iniciar o campeonato se, pelo menos, não tiver um acordo com a Associação dos Árbitros", explicou.

No que respeita à Selecção Nacional, que joga em Setembro o apuramento para o Euro’2009, Mário Saldanha mostra-se contente com o trabalho efectuado até agora pelo novo seleccionador nacional, o espanhol Moncho López, sucessor do ucraniano Valentyn Melnychuk.

"Estou muito optimista, mas sei que vamos ter dificuldades em conseguir a qualificação. Esse é o objectivo, mas se não o conseguirmos, temos de ter a noção de que o que conseguimos no Euro 2007 (nono lugar) foi um feito épico", lembrou Mário Saldanha.

Fonte: O Jogo 02/07/2008

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