CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL
"Não há poções mágicas que agradem a todos". É assim que Mário Saldanha, presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol, reage aos primeiros impactos da sua proposta junto dos clubes e associações. Uma proposta de modelo competitivo, que assenta na criação da já denominada Liga Portuguesa de Basquetebol composta por 12 equipas (as oito da extinta LCB e as quatro primeiras da Proliga), que será a liga principal, e uma segunda competição que vai manter o nome Proliga composta pelas 10 restantes equipas da actual Proliga, mais os dois primeiros classificados da CNB1.

Estas duas competições são distintas, pelo que terão classificações separadas, mas na proposta federativa vão existir 12 jornadas cruzadas entre as equipas dos dois escalões - seis em casa e seis fora -, com os resultados dos respectivos encontros a contarem para o escalonamento final da fase regular de ambas as competições.

Neste ponto, por exemplo, já surgiram algumas críticas, especialmente oriundas dos emblemas da extinta Liga profissional, que questionam a extensão do campeonato para poder englobar as 12 jornadas cruzadas.

O aumento da principal Liga para 16 equipas seria mais interessante do ponto de vista desportivo, argumento que Mário Saldanha refuta: "Os clubes da actual Proliga acabaram por ser vítimas de um processo para o qual não contribuíram. Se fizermos um campeonato com 14 ou 16 acabámos por ter uma Proliga fraca e pouco visível. Para manter o interesse por parte de todos, achamos que esta é a proposta mais uniforme, já que de outra forma corríamos o risco de uma marginalização muito grande", referiu.

A Associação de Coimbra já manifestou o desacordo público e muito provavelmente Mário Saldanha terá à sua espera um coro de insatisfação que dificultará a decisão a tomar na próxima AG, a realizar no dia 28.

"Se forem apresentados modelos melhores, estaremos abertos a sugestões, mas por agora há que defender o interesse dos clubes e olhar para o basquetebol como um todo e não só para o umbigo", contestou Mário Saldanha, que destaca os 17 jogos que as equipas irão disputar em casa, concluindo com a ideia de que "esta é a proposta que mais interessa".

"Se assim não for, a Proliga morre", completou.

Fonte: O Jogo 03/06/2008

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