CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL
As economias mundial e portuguesa podem estar em crise, mas o mesmo não se pode dizer da competitividade e emoção do Campeonato de Portugal de Circuitos/PTCC, pelo menos a avaliar pelo que se presenciou no Circuito ACDME 1, primeira jornada dupla da temporada. Com novidades variadas e lutas pelos resultados de início a fim nas duas corridas, tudo leva a crer que este terceiro ano do PTCC promete, e muito.

O estreante Duarte Félix da Costa (Seat Leon) levou de vencida a primeira corrida de domingo, beneficiando de um erro de César Campaniço (BMW 320 SI) para o ultrapassar ainda na primeira volta, mas encontrou depois em Patrick Cunha (Seat Leon) forte rival. Cunha também beneficiou de uma distracção de Campaniço para ascender ao segundo posto e foi a partir desse momento que tudo tentou para triunfar, mas não conseguiu suplantar Félix da Costa, concluindo na segunda posição.

Enquanto isso, Campaniço tinha ainda mais um momento de menor atenção, que se traduziu num toque em João Figueiredo (Peugeot 407 S2000) quando este teve problemas de alternador e baixou drasticamente o andamento de forma involuntária para depois desistir. Campaniço conseguiu continuar em prova, mas os danos infligidos no carro não permitiram melhor que o terceiro posto. Atrás do Campeão Nacional absoluto ficou outro estreante, o gaulês radicado em Portugal Joffrey Didier (Seat Leon) que, ao levar a melhor sobre Gonçalo Manahu (Seat Leon), garantiu o terceiro posto entre os homens da Categoria 2. Quem também despertou interesse foi José Monroy. A estrear-se aos comandos de um Mitsubishi Lancer Evo IX na nova Categoria 4 aberta a máquinas do Grupo N, o piloto logrou terminar em sexto da geral. Um resultado que à partida pode não parecer nada de especial, mas que ganha uma dimensão totalmente diferente quando se tem em conta que Monroy rodou com um carro a pesar cerca de mais 100 kg que o mínimo imposto pelo regulamento, com cerca de 8 cm a mais na altura ao solo e ainda com as suspensões a necessitarem de ser alteradas, ou seja, com o que se pode considerar como um carro preparado para os ralis.

Na segunda tirada do dia alguns nomes repetiram o protagonismo, mas as posições foram bem diferentes. Campaniço, vindo do sexto posto da grelha, disparou para a liderança à chegada à primeira curva para não mais a perder. Figueiredo, já com o problema no 407 S2000 ultrapassado, ainda tentou fazer frente ao seu mais directo rival, mas apesar de ter chegado ao segundo posto na segunda volta era já tarde demais, pelo que optou por chegar ao final no intermédio do pódio. Entretanto, Félix da Costa e Cunha mostravam-se apostados em reeditar o primeiro embate. Apesar de não estarem a lutar pela vitória absoluta, os pilotos levaram a cabo animadíssimo duelo pelo triunfo na Categoria 2, com o jovem estreante a bisar neste particular ao concluir com a terceira posição da geral e com Cunha a ficar-se por quarto.

Mais atrás, em quinto, ficava o José Pedro Fontes. De regresso à Velocidade depois de ter conquistado o ceptro há dez anos, Pedro Fontes assumiu os comandos de um BMW 320 SI e se na primeira corrida não teve sorte e se viu obrigado a abandonar, na segunda logrou fechar o pódio da Categoria 1. Pedro Fontes acabou por não fazer oposição aos dois grandes nomes das máquinas de 2 litros do PTCC, mas a verdade é que este foi o primeiro contacto com o carro bávaro, pelo que nas próximas jornadas a realidade deverá ser bem diferente. Enquanto isso, Monroy voltava a ser sexto, mostrando grande regularidade aos comandos do carro dos três diamantes.

Quanto à Categoria 3 Nuno Batista (Hyundai Coupe V6), Fábio Mota (Renault Clio) e Filipe Monteiro (Honda Civic Type R) completaram o pódio da primeira corrida, com o da segunda a ser composto por Martine Pereira (Alfa Romeo 147), Nuno Batista e Fábio Mota.

Fonte: FPAK 02/04/2009