O Campeão Nacional Bruno Magalhães (Peugeot 207 S2000) esteve em grande plano no SATA Rallye Açores ao levar de vencida a prova do Grupo Desportivo Comercial sem grandes dificuldades, conseguindo, ao mesmo tempo, a primeira vitória da marca do leão depois de 12 tentativas frustradas. O líder da classificação do Campeonato de Portugal de Ralis começou a prova com alguma tranquilidade, mas cedo mostrou os seus intentos, ganhando com confortável margem ao cabo das 19 Especiais propostas para esta quarta jornada da temporada, a última de Terra e a primeira das incursões insulares.
O lisboeta da Peugeot mediu o pulso aos rivais nas duas primeiras tiradas cronometradas para depois se apossar da primeira posição da tabela de tempos na terceira Classificativa, não a perdendo até final do rali. Ao garantir quatro dos seus sete triunfos em Especiais logo no primeiro dia, Magalhães logrou terminar a Etapa de abertura da prova na primeira posição para depois atacar o sábado com grande tranquilidade e com ritmo de gestão da vantagem. De tal forma que Magalhães só arrebatou o melhor tempo em três das nove Classificativas reservadas para o último dia de prova e dando mesmo a vitória na Etapa a José Pedro Fontes (Fiat Punto S2000).
Enquanto isso, Fernando Peres (Mitsubishi Lancer Evo IX) apresentava-se como o primeiro e principal rival de Magalhães. O portuense, que milita também no Campeonato dos Açores e que estava nesta ronda em busca do primeiro posto isolado na classificação do Campeonato insular, começou bem a prova, chegando mesmo a liderar no final da segunda Etapa. Contudo Peres acabou por se ver batido pelo jovem da Peugeot apesar de ainda ter ganho mais dois troços para concluir a primeira Etapa da segunda posição e primeira entre os homens do Campeonato dos Açores de Ralis. Contudo, o segundo dia de competição não foi favorável ao portuense. Peres começou com um 14º tempo na primeira tirada cronometrada de domingo, o que o fez cair para terceiro, mas o pior surgiu depois. Problemas no diferencial traseiro ditaram novas e significativas perdas de tempo nas 15ª e 16ª Especiais, anulando a recuperação que então tinha feito e acabando por se ver arredado para o quinto posto da geral, o que, em termos de segunda Etapa, se traduziu num nono tempo.
Xavi Pons (Mitsubishi Lancer Evo IX) foi o primeiro a beneficiar com o azar de Peres, mas tal seria sol de pouca dura. O espanhol, que foi o primeiro líder da prova e concluiu a primeira Etapa no mais baixo do pódio, logrou ascender ao segundo posto com o primeiro desaire de Peres, mas um ritmo mais impetuoso na 12ª Especial, a segunda de domingo, ditou o abandono devido a despiste já quase no final da Tronqueira.
Assim, Vítor Pascoal (Peugeot 207 S2000) via abrir-se a porta para um magnífico resultado. Algo irregular na primeira Etapa, com resultados entre o terceiro e nono postos nos dez primeiros troços, Pascoal não conseguia melhor que o sexto posto da geral ao cabo da Etapa inaugural da prova do GDC. Mas a chegada de sábado trouxe outro alento ao piloto. Mais rápido e mais regular (apenas um oitava tempo estragou o pleno de resultados nos cinco primeiros), Vítor cedo mostrou que estava a rodar para o pódio e, com os azares dos seus adversários, viu-se mesmo promovido para o segundo posto final. Um resultado merecido e que surgiu graças ao facto de ter sido o terceiro mais lesto da segunda Etapa.
Quem também mostrou excelente andamento foi José Pedro Fontes. O piloto do Fiat Punto S2000 começou por medir o pulso à concorrência com o sexto registo na Super Especial, mas de imediato saltou para o pódio. Contudo, o 33º tempo na 4ª Especial, devido a pedras deixadas no percurso na sequência do um toque de Enrique Garcia Ojeda num muro com a traseira do seu carro momentos antes, revelou-se fatal. Apesar de ter conseguido a primeira das suas cinco vitórias em Especiais ainda na primeira Etapa (6ª Especial), a verdade é que Pedro Fontes não conseguiu rodar como queria, terminando na nona posição. No entanto o homem da Fiat estava determinando em conseguir um bom resultado para a marca italiana e começou o derradeiro dia de prova ao ataque, escalando de imediato posições na geral. Tirando também partido do ritmo mais tranquilo do seu rival Magalhães, Pedro Fontes averbou quatro vitórias, para concluir a segunda Etapa como vencedor, o que se traduziria no terceiro posto final.
Atrás de José Pedro Fontes, em quarto, ficou o primeiro piloto insular. Horácio Franco (Mitsubishi Lancer Evo IX) fez por tirar partido do factor casa, isto apesar de uma prova pouco brilhante. Com dois terceiros tempos como melhores registos ao longo de todo o Rali, Franco esteve muito oscilante, chegando mesmo a apresentar um décimo tempo na abertura da prova e alguns nonos e oitavos registos, marcas que foram determinantes. Ainda assim, o piloto da casa provou ser o homem certo no local certo e à hora certa, beneficiando dos contratempos dos rivais para rubricar o quarto posto da geral. imediatamente à frente de Peres.
Logo atrás, no sexto posto ficava Adruzilo Lopes. O homem do Subaru Impreza Sti nunca se encontrou ao longo da prova e, depois de ter terminado a primeira Etapa em 12º, logrou concluir o SATA Rallye Açores na sexta posição, uma marca que só foi possível graças ao quarto posto rubricado na tabela de tempos acumulados da segunda Etapa e, também, devido a todas as mudanças que se verificavam na frente da tabela. Enquanto isso, Yeray Lems (Mitsubishi Lancer Evo IX) fazia um rali ao contrário. Depois de promissor terceiro crono na Super Especial, o espanhol perdeu muito tempo na 2ª Classificativa e não mais se encontrou até ao final do primeiro dia, não estando melhor no sábado terminando em sétimo, o melhor dos estrangeiros, à frente de Ricardo Moura (Mistubishi Lancer Evo IX).
Estas lutas pelas oito primeiras posições da geral traduziram-se também em animados despiques por outras classificações, nomeadamente no que respeita à Produção, embate em que a glória sorriu ao micaelense Horácio Franco, à frente de Fernando Peres e Adruzilo Lopes. Enquanto isso, no que toca ao Campeonato dos Açores de Ralis, Fernando Peres foi quem levou a melhor ao somar o máximo de pontos possível, batendo Ricardo Moura e Carlos Costa. Uma ronda que, apesar de no Campeonato de Portugal de Ralis ter deixado Magalhães ainda mais primeiro, com mais 18 pontos que José Pedro Fontes, acabou por deixar a Produção ao rubro, com Fernando Peres e Adruzilo Lopes empatados com 92 pontos, e o Campeonato do Açores igualmente emocionante, com Peres a somar apenas mais dois pontos que Moura numa altura em que ficam a faltar apenas mais três provas para disputar no arquipélago.
Classificação: 1º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Peugeot 207 S2000), 2H55m25,8s; 2º Vítor Pascoal/Joaquim Duarte (Peugeot 207 S2000), a 2m05,1s; 3º José Pedro Fontes/António Costa (Fiat Punto S2000), a 2m26,8s; 4º Horácio Franco/Diogo Lima (Mitsubishi Lancer IX), a 3m19,5s; 5º Fernando Peres/José Pedro Silva (Mitsubishi Lancer IX), a 4m17,4s; 6º Adruzilo Lopes/Justino Reis (Subaru Impreza STi), a 4m41,6s; 7º Yeray Lemes/Rogelio Peñata (Mitsubishi Lancer IX), a 4m47,7s; 8º Ricardo Moura/Sancho Eiró (Mitsubishi Lancer IX), a 4m54,2s; 9º Vítor Lopes/Jorge Henriques (Subaru Impreza STi), a 6m18,8s; 10º Luís Rego/Pedro Rodrigues (Mitsubishi Lancer IX), a 8m49,2s; Classificaram-se mais 13 concorrentes.
Fonte: FPAK 10/07/2008
O lisboeta da Peugeot mediu o pulso aos rivais nas duas primeiras tiradas cronometradas para depois se apossar da primeira posição da tabela de tempos na terceira Classificativa, não a perdendo até final do rali. Ao garantir quatro dos seus sete triunfos em Especiais logo no primeiro dia, Magalhães logrou terminar a Etapa de abertura da prova na primeira posição para depois atacar o sábado com grande tranquilidade e com ritmo de gestão da vantagem. De tal forma que Magalhães só arrebatou o melhor tempo em três das nove Classificativas reservadas para o último dia de prova e dando mesmo a vitória na Etapa a José Pedro Fontes (Fiat Punto S2000).
Enquanto isso, Fernando Peres (Mitsubishi Lancer Evo IX) apresentava-se como o primeiro e principal rival de Magalhães. O portuense, que milita também no Campeonato dos Açores e que estava nesta ronda em busca do primeiro posto isolado na classificação do Campeonato insular, começou bem a prova, chegando mesmo a liderar no final da segunda Etapa. Contudo Peres acabou por se ver batido pelo jovem da Peugeot apesar de ainda ter ganho mais dois troços para concluir a primeira Etapa da segunda posição e primeira entre os homens do Campeonato dos Açores de Ralis. Contudo, o segundo dia de competição não foi favorável ao portuense. Peres começou com um 14º tempo na primeira tirada cronometrada de domingo, o que o fez cair para terceiro, mas o pior surgiu depois. Problemas no diferencial traseiro ditaram novas e significativas perdas de tempo nas 15ª e 16ª Especiais, anulando a recuperação que então tinha feito e acabando por se ver arredado para o quinto posto da geral, o que, em termos de segunda Etapa, se traduziu num nono tempo.
Xavi Pons (Mitsubishi Lancer Evo IX) foi o primeiro a beneficiar com o azar de Peres, mas tal seria sol de pouca dura. O espanhol, que foi o primeiro líder da prova e concluiu a primeira Etapa no mais baixo do pódio, logrou ascender ao segundo posto com o primeiro desaire de Peres, mas um ritmo mais impetuoso na 12ª Especial, a segunda de domingo, ditou o abandono devido a despiste já quase no final da Tronqueira.
Assim, Vítor Pascoal (Peugeot 207 S2000) via abrir-se a porta para um magnífico resultado. Algo irregular na primeira Etapa, com resultados entre o terceiro e nono postos nos dez primeiros troços, Pascoal não conseguia melhor que o sexto posto da geral ao cabo da Etapa inaugural da prova do GDC. Mas a chegada de sábado trouxe outro alento ao piloto. Mais rápido e mais regular (apenas um oitava tempo estragou o pleno de resultados nos cinco primeiros), Vítor cedo mostrou que estava a rodar para o pódio e, com os azares dos seus adversários, viu-se mesmo promovido para o segundo posto final. Um resultado merecido e que surgiu graças ao facto de ter sido o terceiro mais lesto da segunda Etapa.
Quem também mostrou excelente andamento foi José Pedro Fontes. O piloto do Fiat Punto S2000 começou por medir o pulso à concorrência com o sexto registo na Super Especial, mas de imediato saltou para o pódio. Contudo, o 33º tempo na 4ª Especial, devido a pedras deixadas no percurso na sequência do um toque de Enrique Garcia Ojeda num muro com a traseira do seu carro momentos antes, revelou-se fatal. Apesar de ter conseguido a primeira das suas cinco vitórias em Especiais ainda na primeira Etapa (6ª Especial), a verdade é que Pedro Fontes não conseguiu rodar como queria, terminando na nona posição. No entanto o homem da Fiat estava determinando em conseguir um bom resultado para a marca italiana e começou o derradeiro dia de prova ao ataque, escalando de imediato posições na geral. Tirando também partido do ritmo mais tranquilo do seu rival Magalhães, Pedro Fontes averbou quatro vitórias, para concluir a segunda Etapa como vencedor, o que se traduziria no terceiro posto final.
Atrás de José Pedro Fontes, em quarto, ficou o primeiro piloto insular. Horácio Franco (Mitsubishi Lancer Evo IX) fez por tirar partido do factor casa, isto apesar de uma prova pouco brilhante. Com dois terceiros tempos como melhores registos ao longo de todo o Rali, Franco esteve muito oscilante, chegando mesmo a apresentar um décimo tempo na abertura da prova e alguns nonos e oitavos registos, marcas que foram determinantes. Ainda assim, o piloto da casa provou ser o homem certo no local certo e à hora certa, beneficiando dos contratempos dos rivais para rubricar o quarto posto da geral. imediatamente à frente de Peres.
Logo atrás, no sexto posto ficava Adruzilo Lopes. O homem do Subaru Impreza Sti nunca se encontrou ao longo da prova e, depois de ter terminado a primeira Etapa em 12º, logrou concluir o SATA Rallye Açores na sexta posição, uma marca que só foi possível graças ao quarto posto rubricado na tabela de tempos acumulados da segunda Etapa e, também, devido a todas as mudanças que se verificavam na frente da tabela. Enquanto isso, Yeray Lems (Mitsubishi Lancer Evo IX) fazia um rali ao contrário. Depois de promissor terceiro crono na Super Especial, o espanhol perdeu muito tempo na 2ª Classificativa e não mais se encontrou até ao final do primeiro dia, não estando melhor no sábado terminando em sétimo, o melhor dos estrangeiros, à frente de Ricardo Moura (Mistubishi Lancer Evo IX).
Estas lutas pelas oito primeiras posições da geral traduziram-se também em animados despiques por outras classificações, nomeadamente no que respeita à Produção, embate em que a glória sorriu ao micaelense Horácio Franco, à frente de Fernando Peres e Adruzilo Lopes. Enquanto isso, no que toca ao Campeonato dos Açores de Ralis, Fernando Peres foi quem levou a melhor ao somar o máximo de pontos possível, batendo Ricardo Moura e Carlos Costa. Uma ronda que, apesar de no Campeonato de Portugal de Ralis ter deixado Magalhães ainda mais primeiro, com mais 18 pontos que José Pedro Fontes, acabou por deixar a Produção ao rubro, com Fernando Peres e Adruzilo Lopes empatados com 92 pontos, e o Campeonato do Açores igualmente emocionante, com Peres a somar apenas mais dois pontos que Moura numa altura em que ficam a faltar apenas mais três provas para disputar no arquipélago.
Classificação: 1º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Peugeot 207 S2000), 2H55m25,8s; 2º Vítor Pascoal/Joaquim Duarte (Peugeot 207 S2000), a 2m05,1s; 3º José Pedro Fontes/António Costa (Fiat Punto S2000), a 2m26,8s; 4º Horácio Franco/Diogo Lima (Mitsubishi Lancer IX), a 3m19,5s; 5º Fernando Peres/José Pedro Silva (Mitsubishi Lancer IX), a 4m17,4s; 6º Adruzilo Lopes/Justino Reis (Subaru Impreza STi), a 4m41,6s; 7º Yeray Lemes/Rogelio Peñata (Mitsubishi Lancer IX), a 4m47,7s; 8º Ricardo Moura/Sancho Eiró (Mitsubishi Lancer IX), a 4m54,2s; 9º Vítor Lopes/Jorge Henriques (Subaru Impreza STi), a 6m18,8s; 10º Luís Rego/Pedro Rodrigues (Mitsubishi Lancer IX), a 8m49,2s; Classificaram-se mais 13 concorrentes.
Fonte: FPAK 10/07/2008