CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL
Não foi por não contar para o Mundial de Ralis que o Vodafone Rali de Portugal teve menos interesse competitivo. Na verdade, a prova do ACP foi muito disputada de início a fim, isto mesmo quando o líder já era conhecido, dadas as fortes lutas pelas restantes posições do pódio e as que se seguiam ainda dentro dos pontos.

Luca Rossetti (Peugeot 207 S2000) foi o primeiro a ditar o ritmo ao vencer a primeira tirada cronometrada da prova do ACP, mas cedo ficou claro que a tarefa de correr para a vitória na segunda do Intercontinental Rally Challenge não seria fácil... pelo menos no primeiro dia de verdadeira competição.

Nicolas Vouilloz (Peugeot 207 S2000) foi o primeiro a responder ao italiano, começando o dia de sexta-feira com o melhor tempo e saltando de imediato para a liderança da prova, mas por pouco tempo. Numa jornada que conheceu três líderes diferentes e assistiu a sete mudanças no topo da classificação, o que demonstra bem o elevado índice competitivo, foi Bruno Magalhães (Peugeot 207 S2000) quem se seguiu na primeira posição provisória. Tirando partido da vantagem de correr em casa, o Campeão Nacional e líder do Campeonato de Portugal de Ralis chegava à liderança da prova, isto apesar de até à altura não ter ganho nenhuma classificativa. Mas a verdade é que também Bruno estaria pouco tempo na frente do rali. Uma saída de estrada na quarta Especial ditou queda na classificação para a 16ª posição.

Com este infortúnio Magalhães passou a preocupar-se com os rivais nacionais e a lutar pela pontuação máxima com vista ao Campeonato de Portugal de Ralis, enquanto a luta pela vitória na prova fica reservada aos pilotos estrangeiros. Um particular que até ao final da primeira Etapa ficou reservado a Rossetti e Vouilloz, com os dois pilotos a trocarem de posições por várias vezes, mas com o italiano a levar vantagem no final do dia, se bem que por meros 2,4 segundos de margem sobre o rival gaulês.

Enquanto isso, Giandomenico Basso (Fiat Punto S2000) entrava também na luta pelo pódio em despique directo com François Duval (Fiat Punto S2000), Jan Kopecký (Peugeot 207 S2000), Freddy Loix (Peugeot 207 S2000) e Manfred Sthol (Peugeot 207 S2000). Mas as exigências da prova do ACP reclamaram algumas desistências, como foi o caso de Loix, que desistiu no final da 1ª Etapa com dois furos, e Duval, com rolamento partido na 10ª Especial, isto sem esquecer os lusos Armindo Araújo, com quebra do turbo logo na segunda Classificativa e Horácio Franco, com acidente no 3º troço, entre outros.

Com estes contratempos, Rossetti optou por marcar a diferença logo no início do último dia para dilatar substancialmente a margem na frente da prova de tal forma que, apesar de no sábado só ter ganho a primeira Especial, nunca mais deixou a cabeça da tabela classificativa. Seguro na frente, o italiano passou então a controlar a vantagem que detinha enquanto Vouilloz e Kopecký se debatiam pelas restantes posições do pódio. Contudo, o francês perdeu muito tempo na sequência de um furo na 10ª Especial, o que acabou por permitir ao checo assinar a segunda posição final.

Quem correu atrás do prejuízo no sábado foi o italiano Giandomenico Basso que, depois do azar de sexta-feira, rodou extremamente rápido, chegando mesmo a vencer duas Classificativas, para lograr terminar no quarto posto, à frente de Juho Hanninen, o melhor da Produção com o Mitsubishi Lancer Evo IX, e de Magalhães, que levou a melhor entre os pilotos lusos.

Enquanto isso, e falando precisamente dos pilotos da casa, José Pedro Fontes (Fiat Punto S2000) não conseguiu fazer frente ao líder do nacional devido à quebra de um braço de suspensão e depois a um furo, o que ditou o sexto posto final entre a tabela dos pilotos portugueses. Em contraste este Fernando Peres. O piloto do Mitsubishi Lancer Evo IX teve nesta ronda do ACP uma importante tirada em termos de Campeonato de Portugal de Ralis já que, ao ser segundo, logrou importante pecúlio de pontos que lhe valeu a subida ao terceiro posto da classificação, a apenas um ponto de Pedro Fontes. Adruzilo Lopes (Subaru Impreza STI WRX) foi o terceiro português a cruzar a meta, fechando a lista dos dez primeiros com mais 10,5 segundos que Peres e com a segunda posição entre os homens da Produção nacional, mas com apenas 3,9s de margem sobre Vítor Pascoal, que levou o seu Peugeot 207 ao terceiro posto dos S2000 lusos.

Classificação: 1º Luca Rossetti / Matteo Chiarcossi (Peugeot 207 S2000), em 2h57m50s; 2º Jan Kopecky / Petr Stary (Peugeot 207 S2000), a 45,8s; 3º Nicolas Vouilloz / Nicolas Klinger (Peugeot 207 S2000), a 1m37,8s; 4º Giandomenico Basso / Mitia Dotta (FIAT Punto S2000), a 2m18,7s; 5º Juho Hanninen / Mikko Markulla (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 2m21,2s; 6º Bruno Magalhães / Mário Castro (Peugeot 207 S2000), a 3m11,6s; 7º Manfred Stohl / Ilka Minor (Peugeot 207 S2000), a 3m51,3s; 9º Andreas Aigner / Klaus Wicha (Mitsubishi Lancer Evo IX),  a 8m09,5s; 9º Fernando Peres / José P. Silva (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 10m46,4s; 10º Adruzilo Lopes / André Cortinhas (Subaru Impreza N11), a 10m56,9s; Classificaram-se mais 13 concorrentes.

Fonte: FPAK 16/05/2008

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