CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL
O ano passado, 44% dos gastos da IAAF foram para prémios. Uma verba imensa, atendendo a que o organismo tinha um orçamento de 43,5 milhões de euros, mas que não é entregue por simpatia.  
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O ano passado, 44% dos gastos da IAAF (Federação Internacional de Atletismo) foram para prémios. Uma verba imensa, atendendo a que o organismo tinha um orçamento de 43,5 milhões de euros, mas que não é entregue por simpatia.

A IAAF percebeu, na última década, ser esse o caminho para gerar uma verdadeira espiral de dinheiro, ao congregar os principais meetings num calendário mundial que também não pára de se desenvolver.

O Athletissima, prova que hoje ao fim da tarde se realiza em Lausana, tendo Nelson Évora e Naide Gomes como duas das vedetas inscritas, é um dos momentos principais do carrossel de provas que vai terminar dias 13 e 14, com a final do chamado World Athletics Tour, em Estugarda.

E agora já se percebe melhor como na Suíça se vão juntar 36 medalhados olímpicos, 12 deles de ouro.

O atletismo internacional, e retirando-lhe Jogos Olímpicos e Mundiais, tem já uma organização poderosa nas pistas.

Existe a chamada Golden League, com as seis competições mais poderosas - e que distribui um milhão de dólares entre os que somarem seis vitórias -, seguida do Super Grand Prix, com cinco torneios, entre os quais o de Lausana, e ainda o Grand Prix, com as 13 provas seguintes.

Todas pontuam para a final de Estugarda e têm tabelas de prémios mínimos, como os 500 mil dólares (340 mil euros) do torneio suíço, que oferece 5400 euros pela vitória na maioria das provas, duplicando o valor para os 100 e 200 metros, onde estarão Asafa Powell e Usain Bolt.

Na final, que se realiza dentro de duas semanas, o "bolo" total é de três milhões, pelo que os prémios se multiplicam por seis.

Mas não são apenas estes números que chamam os atletas. Os mais famosos alinham a troco de cachets de presença, na maioria dos casos superiores ao que podem facturar na pista, o que significa dependerem as start lists de personagens menos conhecidas do grande público, os empresários.

Agentes como o espanhol Miguel Mostaza, que representa 121 atletas, tendo entre eles Nelson Évora, Rui Silva e Francis Obikwelu, ou como o irlandês Ricky Simms, que passou a ter em Bolt a superestrela dos seus 80 atletas, é que negoceiam o êxito dos meetings.

E será para melhor controlar a sua influência que a IAAF já prepara novo passo em frente: depois de 2009, quer espalhar por todo o Mundo a ronda dos seus torneios mais fortes - actualmente concentram-se na Europa -, para, como informou em Pequim, "com um forte parceiro televisivo e um marketing centralizado, dar mais dinheiro aos atletas".

E ganhar mais algum, claro, que chega para todos…

Fonte: OJOGO

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