CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL
Portugal vai contar com Francis Obikwelu na estafeta de 4x100 metros que tentará o mínimo para os Jogos Olímpicos de Pequim, quem o garante é José Barros, seleccionador nacional. 
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Portugal vai contar com Francis Obikwelu na estafeta de 4x100 metros que tentará o mínimo para os Jogos Olímpicos de Pequim.

Quem o garante é José Barros, seleccionador nacional, que não prescinde de Obikwelu para correr a estafeta, pois o recordista da Europa aumenta significativamente a probabilidade de Portugal se apurar. Para Pequim, não haverá uma marca mínima, mas serão chamadas as selecções com os 16 melhores tempos mundiais.

No passado sábado, em Uberlândia (Brasil), Arnaldo Abrantes, Dany Gonçalves, Ricardo Pacheco e João Ferreira conseguiram o segundo melhor tempo nacional da história, com 39,30 segundos, a 12 centésimos do recorde nacional. E sem Obikwelu. "Com ele, e se as passagens do testemunho correrem bem, valemos menos três a quatro décimos", garante Barros.

"Seria insensato não contarmos com o nosso melhor velocista", afirmou, indo mais longe. "Caso nos classifiquemos para os Jogos - e friso que primeiro é preciso obter o apuramento - não vejo outra possibilidade de irmos à final sem a participação de Francis Obikwelu", afirma o seleccionador, contrariando, de alguma forma, o desejo manifestado pelo vice-campeão olímpico a O JOGO. Obikwelu só quer correr os 4x100 na eventualidade de Portugal alcançar a final. "Será preciso atender aos objectivos individuais do atleta", reconhece Barros, sobre a prioridade do luso-nigeriano para os 100 e os 200 metros.

Treinos em Leiria e Madrid
O ataque a Pequim irá dar-se na Taça da Europa, a disputar a meio de Junho, em Leiria, por sinal na única pista portuguesa de nível dois da IAAF, condição obrigatória para se obter o mínimo.

"Está prevista a ida a Madrid dos restantes elementos da estafeta, assim como o Francis se comprometeu a vir mais cedo para Portugal, antes da Taça da Europa, para poder treinar as passagens do testemunho", assevera José Barros, que vê com bons olhos a possibilidade de Portugal repetir uma presença olímpica em 4x100, o que já não acontece desde Seul'88.

Fonte: O Jogo 13/05/2008