Nelson Évora esteve ontem no Estoril Open e pronunciou-se pela primeira vez sobre um eventual boicote aos Jogos Olímpicos de Pequim. "Não acredito que vá acontecer. Há uma razão de ser para tudo o que tem acontecido, mas o melhor é alertar para o problema depois do espectáculo e de bons resultados", disse o campeão mundial de triplo salto.
Já Naide Gomes, em declaração enviada a "O Jogo", foi bem mais fundo e colocou questões importantes. "Não faz qualquer sentido pedir-se um boicote aos Jogos invocando os incidentes recentes, e isto por uma razão muito simples: por que esperam pelos Jogos e não colocam em prática, desde já, um boicote comercial à China - tanto em importações como exportações - criando-se assim uma real contestação a um gigante? Se não há uma reacção na vertente económica - porque não convém, claro... - para quê todo este alvoroço na componente desportiva?", escreveu-nos a campeão mundial de salto em comprimento em pista coberta.
Sobre o uso de braçadeiras ou malas como forma de protesto, Naide Gomes diz taxativamente. "Não concordo. Para haver coerência deveríamos andar de braçadeira em todos os países onde não se respeitam os direitos humanos, e não apenas durante os Jogos Olímpicos", explicou. Enquanto Nelson Évora alimenta a expectativa de "uma surpresa a favor dos direitos humanos", embora sublinhe que a sua preocupação é "treinar bem, até porque estou numa fase de preparação intensa", Naide Gomes coloca um ponto final no assunto de forma muito clara: "Não transportem para os Jogos Olímpicos assuntos que têm muito a ver com política e pouco com desporto".
Fonte: O Jogo 18/04/2008
Já Naide Gomes, em declaração enviada a "O Jogo", foi bem mais fundo e colocou questões importantes. "Não faz qualquer sentido pedir-se um boicote aos Jogos invocando os incidentes recentes, e isto por uma razão muito simples: por que esperam pelos Jogos e não colocam em prática, desde já, um boicote comercial à China - tanto em importações como exportações - criando-se assim uma real contestação a um gigante? Se não há uma reacção na vertente económica - porque não convém, claro... - para quê todo este alvoroço na componente desportiva?", escreveu-nos a campeão mundial de salto em comprimento em pista coberta.
Sobre o uso de braçadeiras ou malas como forma de protesto, Naide Gomes diz taxativamente. "Não concordo. Para haver coerência deveríamos andar de braçadeira em todos os países onde não se respeitam os direitos humanos, e não apenas durante os Jogos Olímpicos", explicou. Enquanto Nelson Évora alimenta a expectativa de "uma surpresa a favor dos direitos humanos", embora sublinhe que a sua preocupação é "treinar bem, até porque estou numa fase de preparação intensa", Naide Gomes coloca um ponto final no assunto de forma muito clara: "Não transportem para os Jogos Olímpicos assuntos que têm muito a ver com política e pouco com desporto".
Fonte: O Jogo 18/04/2008