Jessica Augusto é a atleta portuguesa com maiores aspirações no 36º Campeonato do Mundo de Corta-Mato que este domingo se realiza em Edimburgo, Escócia.
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Jessica Augusto é a atleta portuguesa com maiores aspirações no 36º Campeonato do Mundo de Corta-Mato que este domingo se realiza em Edimburgo, Escócia, e que deve voltar a ser totalmente dominado pelos atletas africanos.
A atleta minhota, que conquistou recentemente o seu terceiro título nacional da especialidade e foi oitava na final dos 3000 metros do Campeonato do Mundo de pista coberta Valência2008, foi 12ª na época passada, nas difíceis condições de Mombaça, no Quénia, e pode aspirar a melhorar agora esta classificação.
Há um ano, foi a segunda europeia, apenas batida pela campeã mundial, Lornah Kiplagat, uma holandesa nascida no Quénia.
Depois de um excelente terceiro lugar em 2005 e de um muito fraco 12º posto em 2006 (a pior classificação de sempre desde a estreia da selecção, em 1981), Portugal não apresentou equipa na época passada, o que aconteceu pela primeira vez desde aquele ano.
Esta época, a selecção portuguesa, uma das poucas (quatro) europeias presentes, pode aspirar a um lugar intermédio.
Depois de conhecidas as listas de inscritos, o panorama continua a ser preocupante: quer em homens quer em senhoras, portugueses, espanhóis, britânicos e irlandeses são os únicos que pontuarão enquanto selecção, um dado que revela o desinteresse que o corta-mato desencadeia na maioria nos países do Velho Continente.
A Etiópia, que nos últimos nove anos só não ganhou em 2001 (triunfo do Quénia), é novamente favorita, podendo juntar-lhe o título individual através de Tirunesh Dibaba, campeã em 2005 e 2006 e segunda em 2007, Meselech Melkamu, terceira em 2007, ou Gelete Burka, quarta.
No sector masculino, a já de si débil selecção nacional ainda se apresenta fragilizada pela falta do campeão nacional Eduardo Henriques, que, adoentado nos últimos dias, perde a oportunidade de se tornar o mais velho representante português de sempre, uma vez que completou há dias 40 anos, mais um que Domingos Castro aquando da última das suas 18 presenças na competição.
Com uma equipa mesmo assim bastante veterana (o mais novo, Manuel Damião, tem 29 anos e há dois atletas com 39 anos e outros dois acima dos 34), Portugal tentará melhorar o 10º lugar (entre 13 equipas classificadas) na época passada. Individualmente, Paulo Guerra foi então o melhor atleta nacional, no 49º lugar. Não será tarefa fácil melhorar esta classificação, já que, com a passagem (em 2007) do número de atletas por equipa de seis para nove são ainda mais os atletas africanos em prova.
Atendendo à proximidade de Edimburgo, a equipa portuguesa só viaja de véspera, sábado de manhã, já que a hora local é a mesma de Lisboa e não há necessidade de desfazer jet-lag.
Depois de cinco títulos consecutivos, o etíope Kenenisa Bekele desistiu na parte final da prova do ano passado, incapaz de acompanhar o eritreu Zerzenay Tadesse, que juntou então o título mundial de corta-mato ao de estrada, que já havia conquistado e voltaria depois a ganhar.
Os dois atletas voltam a encontrar-se em Edimburgo (onde Bekele ganhou a Tadesse um crosse em Janeiro passado) para novo despique que poderá permitir ao atleta etíope ultrapassar os quenianos John Ngugi e Paul Tergat no número de títulos: cinco cada um. Colectivamente, e depois do desastre da época passada (desistiram cinco dos seus nove atletas e a equipa nem se classificou!), a Etiópia volta a ser favorita colectivamente, face ao Quénia.
Composição das selecções nacionais:
Seniores (M)
Manuel Damião Maratona
Luís Jesus Conforlimpa
Ricardo Ribas Maratona
Paulo Gomes Conforlimpa
José Ramos Conforlimpa
José Rocha Maratona
Licínio Pimentel Conforlimpa
José Maduro Maratona
Hermano Ferreira Maratona
Seniores (F)
Jessica Augusto Maratona
Leonor Carneiro Maratona
Sara Moreira Maratona
Mónica Rosa Maratona
Inês Monteiro Maratona
Dulce Félix Sporting Braga
Juniores (M)
Bruno Albuquerque CP Mangualde
Jorge Santa-Cruz FC Porto
Paulo Pinheiro Linda a Pastora SC
Juniores (F)
Daniela Cunha UD Várzea
Horário e distâncias
13:00 - Juniores (F) 6 km
13:30 - Juniores (M) 8 km
14:05 - Seniores (F) 8 km
14:45 - Seniores (M) 12 km
Fonte: Lusa 28/03/2008
A atleta minhota, que conquistou recentemente o seu terceiro título nacional da especialidade e foi oitava na final dos 3000 metros do Campeonato do Mundo de pista coberta Valência2008, foi 12ª na época passada, nas difíceis condições de Mombaça, no Quénia, e pode aspirar a melhorar agora esta classificação.
Há um ano, foi a segunda europeia, apenas batida pela campeã mundial, Lornah Kiplagat, uma holandesa nascida no Quénia.
Depois de um excelente terceiro lugar em 2005 e de um muito fraco 12º posto em 2006 (a pior classificação de sempre desde a estreia da selecção, em 1981), Portugal não apresentou equipa na época passada, o que aconteceu pela primeira vez desde aquele ano.
Esta época, a selecção portuguesa, uma das poucas (quatro) europeias presentes, pode aspirar a um lugar intermédio.
Depois de conhecidas as listas de inscritos, o panorama continua a ser preocupante: quer em homens quer em senhoras, portugueses, espanhóis, britânicos e irlandeses são os únicos que pontuarão enquanto selecção, um dado que revela o desinteresse que o corta-mato desencadeia na maioria nos países do Velho Continente.
A Etiópia, que nos últimos nove anos só não ganhou em 2001 (triunfo do Quénia), é novamente favorita, podendo juntar-lhe o título individual através de Tirunesh Dibaba, campeã em 2005 e 2006 e segunda em 2007, Meselech Melkamu, terceira em 2007, ou Gelete Burka, quarta.
No sector masculino, a já de si débil selecção nacional ainda se apresenta fragilizada pela falta do campeão nacional Eduardo Henriques, que, adoentado nos últimos dias, perde a oportunidade de se tornar o mais velho representante português de sempre, uma vez que completou há dias 40 anos, mais um que Domingos Castro aquando da última das suas 18 presenças na competição.
Com uma equipa mesmo assim bastante veterana (o mais novo, Manuel Damião, tem 29 anos e há dois atletas com 39 anos e outros dois acima dos 34), Portugal tentará melhorar o 10º lugar (entre 13 equipas classificadas) na época passada. Individualmente, Paulo Guerra foi então o melhor atleta nacional, no 49º lugar. Não será tarefa fácil melhorar esta classificação, já que, com a passagem (em 2007) do número de atletas por equipa de seis para nove são ainda mais os atletas africanos em prova.
Atendendo à proximidade de Edimburgo, a equipa portuguesa só viaja de véspera, sábado de manhã, já que a hora local é a mesma de Lisboa e não há necessidade de desfazer jet-lag.
Depois de cinco títulos consecutivos, o etíope Kenenisa Bekele desistiu na parte final da prova do ano passado, incapaz de acompanhar o eritreu Zerzenay Tadesse, que juntou então o título mundial de corta-mato ao de estrada, que já havia conquistado e voltaria depois a ganhar.
Os dois atletas voltam a encontrar-se em Edimburgo (onde Bekele ganhou a Tadesse um crosse em Janeiro passado) para novo despique que poderá permitir ao atleta etíope ultrapassar os quenianos John Ngugi e Paul Tergat no número de títulos: cinco cada um. Colectivamente, e depois do desastre da época passada (desistiram cinco dos seus nove atletas e a equipa nem se classificou!), a Etiópia volta a ser favorita colectivamente, face ao Quénia.
Composição das selecções nacionais:
Seniores (M)
Manuel Damião Maratona
Luís Jesus Conforlimpa
Ricardo Ribas Maratona
Paulo Gomes Conforlimpa
José Ramos Conforlimpa
José Rocha Maratona
Licínio Pimentel Conforlimpa
José Maduro Maratona
Hermano Ferreira Maratona
Seniores (F)
Jessica Augusto Maratona
Leonor Carneiro Maratona
Sara Moreira Maratona
Mónica Rosa Maratona
Inês Monteiro Maratona
Dulce Félix Sporting Braga
Juniores (M)
Bruno Albuquerque CP Mangualde
Jorge Santa-Cruz FC Porto
Paulo Pinheiro Linda a Pastora SC
Juniores (F)
Daniela Cunha UD Várzea
Horário e distâncias
13:00 - Juniores (F) 6 km
13:30 - Juniores (M) 8 km
14:05 - Seniores (F) 8 km
14:45 - Seniores (M) 12 km
Fonte: Lusa 28/03/2008