CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL
Estreante no Rali da Tunísia, o português permanece entre os melhores pilotos do Mundo, ocupa o sétimo posto da classificação geral e continua no bom caminho para concretizar o seu objectivo de terminar esta difícil etapa do Campeonato do Mundo FIM de Todo-o-Terreno no “Top Ten”.

Depois de um valente susto para todos os pilotos que compõe a caravana do Rali da Tunísia durante esta madrugada, com uma tempestade de areia a assolar o bivouac e os ventos a continuarem a soprar com grande intensidade durante esta manhã, a organização foi obrigada a neutralizada a etapa de hoje (6ª etapa).

Na etapa de ontem, que ligou Derj a Oubari, num total de 624 quilómetros, dos quais 563 disputados ao cronómetro, Hélder Rodrigues voltou a terminar no “Top Ten” e manteve a sétima posição da geral.

“Cheguei ao primeiro reabastecimento com o pneu traseiro em muito mal estado. Ainda faltavam cerca de 300 quilómetros para o final e pensei que estava tudo perdido. Felizmente, um pouco mais à frente encontrei um piloto que tinha acabado de desistir e que me cedeu a sua roda. Ainda consegui recuperar algum tempo perdido e terminei na nona posição”, começou por contar o piloto Dream Team TMN que no final da etapa teve que fazer a revisão necessária na sua KTM 690 Rally, uma vez que se tratava de uma etapa maratona, ou seja, sem assistência dos mecânicos.

“Para passarmos a noite e descansar um pouco para a etapa de hoje, a organização decidiu montar uma tenda gigante para todos os pilotos. Por volta das 3 da manhã, fomos surpreendidos por uma forte tempestade de areia que destruiu por completo o acampamento. Foram momentos de alguma preocupação, mas que acabou por correr tudo bem. Fomos obrigados a rumar para um local mais seguro, onde esta manhã, recebemos a notícia que a tempestade se mantinha ao longo da especial e que esta seria anulada”, prosseguiu Hélder Rodrigues algo chateado com a neutralização da etapa.

“A especial de hoje seria totalmente disputada em areia, com grandes dunas e com um tipo de terreno que gosto bastante e que me sinto bem. A moto está em excelentes condições e bastante competitiva. Seria uma boa etapa para atacar. Contudo, nada está perdido, pois ainda temos 5 das 11 etapas por disputar e cerca de 1500 quilómetros de especiais cronometradas para cumprir”, concluiu o único representante português nesta segunda ronda do Campeonato do Mundo FIM de Todo-o-Terreno.

Fonte: Infordesporto 27/04/2009