CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL
Miguel Oliveira, demonstrou ontem, no Autódromo do Estoril, o seu talento e profissionalismo, estreando em testes privados, uma Honda RC 125, modelo Grande Prémio, de 2004.  
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Miguel Oliveira, demonstrou ontem, no Autódromo do Estoril, o seu talento e profissionalismo, estreando em testes privados, uma Honda RC 125, modelo Grande Prémio, de 2004.

Apesar da desactualização da máquina e de utilizar pneus que só podiam ser aproveitados para testes, porque tinham dois anos e já apresentavam alguma ineficácia, o jovem de 13 anos rapidamente se adaptou às condições que teve de gerir.

Num total de 23 voltas, realizadas na pista portuguesa, o piloto foi sempre evoluindo os tempos, que, pela ainda curta experiência na moto e na categoria, são muito animadores.

“Só tivemos condições atmosférica favoráveis de manhã. O meu objectivo foi o de rodar o melhor possível, para ter o feeling da moto, e como ia com pneus velhos foi muito importante para mim a primeira abordagem ser feita desta maneira,” explicou Miguel Oliveira, que vai ter uma férias da Páscoa muito concentradas nas corridas e sua preparação.

Mas, o piloto português, que está a receber formação para ter uma carreira no Mundial a partir de 2010, pode dar-se como muito satisfeito: “Foi pena que a chuva tivesse aparecido logo na altura que tinha já montado pneus novos o que me obrigou, a desacelerar logo que vi que não valia a pena estragar um jogo de pneus slick, com a pista molhada.

Estava de facto muito mais rápido devido à confiança nos pneus novos, mas de repente caiu uma carga de água que me obrigou a ir para as boxes sem cumprir a volta. No entanto, devia estar a fazer um tempo cerca de três segundos melhor.”

Comparativamente com o outro piloto que andou de 125c.c. GP, filho do ex-campeão Sito Pons, o piloto da MRD/Vodafone terminou o treino após 23 voltas, exactamente as mesmas de um Grande Prémio, com 1m54,5s mais rápido três segundos do que o adolescente espanhol.

Mas, quando o Miguel começar a afinar a moto e a pô-la ao seu gosto, é de acreditar que se aproxime do 1m50s., marca atingível e que dava para se qualificar para correr o Grande Prémio de Portugal do Mundial de 125, mas que, devido à sua idade ainda não ter atingido as regras e os regulamentos, resta ao melhor piloto português de velocidade da actualidade, participar num bem estruturado programa de preparação.

“Sou exigente comigo próprio e quero aproveitar da melhor forma todas as oportunidades que tiver para correr ou treinar na 125GP. Actualmente, está prevista mais uma sessão de testes, também no Estoril, muito em breve, e que me poderá abrir portas importantes,” revelou o piloto português que, no passado fim-de-semana, foi o terceiro piloto a cortar a meta, numa corrida “desaconselhável a cardíacos”, que tinha na grelha 44 pilotos.


Fonte: DCA 18/03/2008