RESUMO DIA 3: COMBATES
Hoje realizou-se o primeiro dia de Combates no 11º Campeonato do Mundo Universitário de Taekwondo. As categorias em prova foram as de -58 Kg e +87 Kg masculinos e -49 Kg e +73 Kg femininos.
Dos atletas portugueses a participar, apenas Rui Bragança, da Universidade do Minho, foi chamado ao tapete. No seu primeiro combate, teve como adversário Chao-Hsuan Husueh. Uma pontuação bastante positiva, ao conseguir derrotar o atleta da China Taipé por 6-2.
No segundo combate, apesar de ter começado bem o primeiro round, não conseguiu manter o resultado e perdeu 11-2 frente ao adversário espanhol, Joel Gonzalez. Um adversário bastante forte, visto ter no seu currículo os títulos de Campeão do Mundo Absoluto, Campeão da Europa e Campeão Europeu Universitário. Rui Bragança ficou assim em 5º lugar nesta fase da classificação.
Hoje não houve pesagens para a equipa portuguesa que só reentra em acção no próximo Sábado, com Ana Rita Lopes e Eduardo Rodrigues a combater, e no Domingo, com Nuno Costa, Nilza Reis e Elisabete Ribeiro.
ENTREVISTA: RUI BRAGANÇA
Rui Bragança, aluno de Medicina na Universidade do Minho, foi o primeiro a pisar o tapete da Universidade de Vigo. O entusiasmo era grande, visto ser a primeira vez que representa Portugal num evento mundial universitário. Rui fala-nos que o nível é bastante alto neste mundial e que muitos dos atletas presentes, já saíram medalhados em provas absolutas. Apesar disso, “é uma boa sensação poder cá estar e competir com os melhores”, diz.
Visto ser uma prova universitária, Rui conta-nos que o ambiente é de muita descontracção, quer para quem combate quer para quem está do lado de fora do ringue. Comparando com outras competições, “é igual ou melhor até”. “Os atletas vão sempre evoluindo e eu tive a oportunidade de combater com um atleta que é Campeão do Mundo Absoluto, Campeão da Europa Absoluto e Universitário”, acrescenta.
Quanto aos combates, descreve a dificuldade de lidar com o facto de saber o quão forte era o atleta que estava a defrontar. Contudo, as facilidades também existiram. “Dei-me muito bem com os coletes electrónicos e no 1º round consegui aproveitar bem a minha altura e a amplitude de pernas”, conta.
Ao perder no segundo combate, chega a hora do balanço. Quanto aos objectivos que tinha traçado, esta foi e não foi uma boa classificação. “Por lado queria mais, ter defrontado o campeão do mundo levou a que a minha jornada acabasse demasiado cedo, mas foi bom porque deu para aprender bastante e perceber o que tenho que trabalhar num futuro próximo”, afirma.
Conciliar o nível de alta competição com a universidade não é fácil, mas a sua instituição “ajuda bastante e com gosto e dedicação em tudo o que é possível”. Diz também que “há colegas que nem sequer praticam desporto e têm dificuldades em passar e se no meu caso, apesar de todo o tempo dispendido no treino, em princípio vou conseguir fazer todas as cadeiras, quer dizer que estou a fazer um bom trabalho”.
Para Rui Bragança, o Taekwondo em Portugal tem evoluído bastante, podendo comprova-lo pelos resultados que se tem obtido. “Isto demonstra o interesse e qualidade de todos os atletas e pessoas envolvidas”, afirma.
ENTREVISTA: NILZA REIS
Apesar da sua participação nas Universíadas de Verão em Bangkok 2007, Nilza Reis sente-se caloira. “É a minha primeira participação a nível de campeonatos do mundo, quer universitário quer absoluto”. Sendo que o seu objectivo passa por uma prestação individual que supere as expectativas. “Fazer um bom primeiro combate, se for apenas um, pois o resultado depende muito de vários factores: o adversário, árbitros e o combate propriamente dito”.
Relativamente à organização deste mundial, conta que “tem estado a cumprir com o alojamento, espaço de treino, transportes”.
Nos dois últimos anos de licenciatura no Instituto Superior da Maia (ISMAI), esteve em Erasmus em Valência. Após um ano, foi convidada a ficar por igual período, pois houve uma aposta desportiva muito grande. “Entrei de pára-quedas na universidade, mas eles não me deixaram cair”, explica, “deram-me uma bolsa de atleta de alta competição, inseriram-me num programa interno de captação de atletas e ajudaram-me a nível financeiro, instalações de treino e acompanhamento desportivo e académico completo”. Em troca representou a Universidade de Valência nos Campeonatos Universitários.
Conciliar os estudos com o Taekwondo, na sua opinião, depende muito do interesse e projecção que cada um tem para si. “Se o desporto está em primeiro plano e os objectivos são chegar a uns jogos olímpicos, é quase impossível não deixar os estudos”. Acrescenta ainda que em Portugal só a Universidade do Minho dá boas condições, ao existir uma clara aposta no desporto.
Na maioria dos casos, os atletas têm que competir pelas grandes instituições para ter apenas uma simples inscrição no nacional universitário. Nilza faz a crítica, pois conhece casos de atletas que têm de ser eles próprios a controlar os prazos de inscrição, solicitar e pressionar as instituições a fazerem tudo correctamente. “É difícil que a modalidade cresça no universitário quando as associações estão tão desorganizadas”, afirma.
Ao descrever o panorama nacional da modalidade, falou-nos também que o nível de combates femininos é ainda muito baixo, quer na escassez de atletas em cada categoria, quer na qualidade. “Havendo pouca competição, falta de profissionalismo e disponibilidade das atletas, não há razões que estimulem a superação de resultados em termos qualitativos”, comenta.
Hoje realizou-se o primeiro dia de Combates no 11º Campeonato do Mundo Universitário de Taekwondo. As categorias em prova foram as de -58 Kg e +87 Kg masculinos e -49 Kg e +73 Kg femininos.
Dos atletas portugueses a participar, apenas Rui Bragança, da Universidade do Minho, foi chamado ao tapete. No seu primeiro combate, teve como adversário Chao-Hsuan Husueh. Uma pontuação bastante positiva, ao conseguir derrotar o atleta da China Taipé por 6-2.
No segundo combate, apesar de ter começado bem o primeiro round, não conseguiu manter o resultado e perdeu 11-2 frente ao adversário espanhol, Joel Gonzalez. Um adversário bastante forte, visto ter no seu currículo os títulos de Campeão do Mundo Absoluto, Campeão da Europa e Campeão Europeu Universitário. Rui Bragança ficou assim em 5º lugar nesta fase da classificação.
Hoje não houve pesagens para a equipa portuguesa que só reentra em acção no próximo Sábado, com Ana Rita Lopes e Eduardo Rodrigues a combater, e no Domingo, com Nuno Costa, Nilza Reis e Elisabete Ribeiro.
ENTREVISTA: RUI BRAGANÇA
Rui Bragança, aluno de Medicina na Universidade do Minho, foi o primeiro a pisar o tapete da Universidade de Vigo. O entusiasmo era grande, visto ser a primeira vez que representa Portugal num evento mundial universitário. Rui fala-nos que o nível é bastante alto neste mundial e que muitos dos atletas presentes, já saíram medalhados em provas absolutas. Apesar disso, “é uma boa sensação poder cá estar e competir com os melhores”, diz.
Visto ser uma prova universitária, Rui conta-nos que o ambiente é de muita descontracção, quer para quem combate quer para quem está do lado de fora do ringue. Comparando com outras competições, “é igual ou melhor até”. “Os atletas vão sempre evoluindo e eu tive a oportunidade de combater com um atleta que é Campeão do Mundo Absoluto, Campeão da Europa Absoluto e Universitário”, acrescenta.
Quanto aos combates, descreve a dificuldade de lidar com o facto de saber o quão forte era o atleta que estava a defrontar. Contudo, as facilidades também existiram. “Dei-me muito bem com os coletes electrónicos e no 1º round consegui aproveitar bem a minha altura e a amplitude de pernas”, conta.
Ao perder no segundo combate, chega a hora do balanço. Quanto aos objectivos que tinha traçado, esta foi e não foi uma boa classificação. “Por lado queria mais, ter defrontado o campeão do mundo levou a que a minha jornada acabasse demasiado cedo, mas foi bom porque deu para aprender bastante e perceber o que tenho que trabalhar num futuro próximo”, afirma.
Conciliar o nível de alta competição com a universidade não é fácil, mas a sua instituição “ajuda bastante e com gosto e dedicação em tudo o que é possível”. Diz também que “há colegas que nem sequer praticam desporto e têm dificuldades em passar e se no meu caso, apesar de todo o tempo dispendido no treino, em princípio vou conseguir fazer todas as cadeiras, quer dizer que estou a fazer um bom trabalho”.
Para Rui Bragança, o Taekwondo em Portugal tem evoluído bastante, podendo comprova-lo pelos resultados que se tem obtido. “Isto demonstra o interesse e qualidade de todos os atletas e pessoas envolvidas”, afirma.
ENTREVISTA: NILZA REIS
Apesar da sua participação nas Universíadas de Verão em Bangkok 2007, Nilza Reis sente-se caloira. “É a minha primeira participação a nível de campeonatos do mundo, quer universitário quer absoluto”. Sendo que o seu objectivo passa por uma prestação individual que supere as expectativas. “Fazer um bom primeiro combate, se for apenas um, pois o resultado depende muito de vários factores: o adversário, árbitros e o combate propriamente dito”.
Relativamente à organização deste mundial, conta que “tem estado a cumprir com o alojamento, espaço de treino, transportes”.
Nos dois últimos anos de licenciatura no Instituto Superior da Maia (ISMAI), esteve em Erasmus em Valência. Após um ano, foi convidada a ficar por igual período, pois houve uma aposta desportiva muito grande. “Entrei de pára-quedas na universidade, mas eles não me deixaram cair”, explica, “deram-me uma bolsa de atleta de alta competição, inseriram-me num programa interno de captação de atletas e ajudaram-me a nível financeiro, instalações de treino e acompanhamento desportivo e académico completo”. Em troca representou a Universidade de Valência nos Campeonatos Universitários.
Conciliar os estudos com o Taekwondo, na sua opinião, depende muito do interesse e projecção que cada um tem para si. “Se o desporto está em primeiro plano e os objectivos são chegar a uns jogos olímpicos, é quase impossível não deixar os estudos”. Acrescenta ainda que em Portugal só a Universidade do Minho dá boas condições, ao existir uma clara aposta no desporto.
Na maioria dos casos, os atletas têm que competir pelas grandes instituições para ter apenas uma simples inscrição no nacional universitário. Nilza faz a crítica, pois conhece casos de atletas que têm de ser eles próprios a controlar os prazos de inscrição, solicitar e pressionar as instituições a fazerem tudo correctamente. “É difícil que a modalidade cresça no universitário quando as associações estão tão desorganizadas”, afirma.
Ao descrever o panorama nacional da modalidade, falou-nos também que o nível de combates femininos é ainda muito baixo, quer na escassez de atletas em cada categoria, quer na qualidade. “Havendo pouca competição, falta de profissionalismo e disponibilidade das atletas, não há razões que estimulem a superação de resultados em termos qualitativos”, comenta.
Fonte: FADU 01/07/2010