As “Tertúlias da CDP” voltaram a abordar um tema de difícil consenso: a atribuição de bolsas a medalhados nas grandes competições internacionais. Numa altura em que o Governo se prepara para rever a portaria que estabelece montantes e critérios de atribuição das bolsas, o debate, moderado pelo presidente da Confederação, Carlos Cardoso, mostrou duas correntes de abordagem do tema.
De um lado, o presidente da Federação de Triatlo, José Luís Ferreira, a
defender a manutenção tanto quanto possível do actual modelo, que
privilegia as modalidades olímpicas e possibilita a intervenção
casuística do governante que tutela o Desporto para os restantes casos.
Do outro lado, o secretário técnico da Federação de Patinagem, Luís Gouveia, a lembrar a importância de desportos que não pertencem ao programa olímpico. Neste aspecto, foi secundado pelo secretário-geral da CDP, Ilídio Trindade, que interveio a título pessoal para falar do significado, mobilização de meios e assistências de diversas competições de desportos emergentes e para referir que a nova legislação deveria enquadrar de uma forma mais ampla as situações de atribuição de bolsas , dando menos lugar à decisão casuística.
O presidente da Comissão de atletas do COP, Nuno Barreto, lembrou que as bolsas terão de ser entregues em sintonia com a conquista dos resultados e não muitos meses depois, como já aconteceu. Esta situação retira significado à atribuição das bolsas na opinião do velejador medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta.
Fonte: CDP 22/04/2010