O presidente da Confederação do Desporto de Portugal (CDP), Carlos Paula Cardoso, confia que as verbas de apoio ao movimento associativo se mantenham e lembrou que o Estado terá de suportar sempre parte desse movimento.
Falando na apresentação de um novo seguro desportivo, o responsável manifestou-se esperançado na não diminuição de verbas, sendo essa "uma questão de negociação e bom senso".
Paula Cardoso sublinhou ainda que os orçamentos de "algumas instituições" ressentiram-se da queda de receitas do Totoloto, quando surgiu há um ano outro jogo da Santa Casa da Misericórdia, o Euromilhões. "Uma situação não acautelada", lamentou.
O dirigente afirmou ainda que apesar do movimento associativo procurar outras soluções de financiamento, a dimensão do país e do tecido empresarial não permite uma independência total do Estado, "tal como acontece nos outros países da Europa".
A CDP assinou hoje um protocolo com a companhia de Seguros Tranquilidade para disponibilizar condições especiais para uma apólice para atletas federados em sócios da confederação.
A par dos seguros está previsto o desenvolvimento do Cartão do Desporto, que servirá como meio de pagamento e acesso a serviços da seguradora e de um banco, assim como a Casa do Atleta, com vista a apoiar ex-atletas.
Para o secretário de Estado da Juventude e Desporto, Laurentino Dias, este é um exemplo de que o "desporto deve assumir para si próprio e por si próprio responsabilidades" e de "consolidação da capacidade de auto-regulação" do movimento associativo.
"Há problemas que são comuns a todas as federações, e a Confederação é o organismo que pode, de forma trabalhada e conjunta, encontrar soluções mais baratas e eficazes", defendeu.
Agência LUSA