A 2.ª Cimeira das Federações das Desportivas realiza-se no próximo dia 12 de janeiro, entre as 15h00 e as 18h00, no Pavilhão Multiusos de Odivelas. O encontro promovido pelo Comité Olímpico de Portugal, Comité Paralímpico de Portugal e Confederação do Desporto de Portugal, que conta nesta sua segunda edição com a adesão da Comissão de Atletas Olímpicos, Comissão de Atletas Paralímpicos e Confederação de Treinadores de Portugal, decorre em formato presencial, salvo se a situação epidemiológica o não permitir, realizando-se em alternativa no mesmo horário, com recurso a uma plataforma digital.
Quase meio ano após a realização da 1.ª Cimeira das Federações Desportivas, na qual 52 entidades aprovaram por unanimidade uma moção entregue ao Governo e à Assembleia da República, com propostas que visavam a retoma do desporto em segurança e a criação de condições para a sustentabilidade do tecido associativo de base seriamente posto em causa pela pandemia, a reedição do encontro pretende voltar a mobilizar o Movimento Desportivo na discussão das melhores medidas a adotar no atual contexto pandémico, face à ausência de resposta política concreta aos problemas estruturais que o setor do Desporto atravessa.
Em adição às preocupações já apresentadas relativas ao tecido desportivo nacional, o Relatório da Comissão Europeia sobre o Impacto Económico da COVID-19 no setor do Desporto, na União Europeia, reportou que o PIB de todos os Estados-Membros seria afetado em cerca de 10% em resultado das perdas do setor, que se estimam em cerca de menos 50.000,00 milhões de euros. O Relatório alertou ainda para a importância dos apoios estatais no sentido de fazerem face à perda abrupta de receitas e às consequentes dificuldades das organizações desportivas no cumprimento das responsabilidades financeiras de curto, médio e longo prazo, e sublinhou a progressiva necessidade do desporto ser tratado numa lógica mais integrada, em estreita ligação com outros setores correlacionados, como o da saúde.
Ao contrário do que tem vindo a ocorrer no País, noutros setores mais vulneráveis ao impacto da crise, e na generalidade dos países europeus, com a injeção de apoios públicos ao desporto, Portugal prima pela ausência de medidas significativas, cenário que impõe a realização da 2ª Cimeira das Federações Desportivas como momento capaz de assumir uma tomada de posição efetiva, no sentido de levar as autoridades governativas nacionais a alinharem a sua ação pelos padrões internacionais. Tornando ainda mais robusta esta iniciativa juntam-se-lhe agora na qualidade de observadores o Conselho Nacional de Associações dos Profissionais de Educação Física e Desporto e a Associação dos Atletas Olímpicos de Portugal.
Fonte: CDP/COP/CPP, 06/01/2021