O presidente e a vice-presidente da CDP reuniram-se com o Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, com o objetivo de abordar questões relacionadas com os efeitos nefastos da pandemia e suas consequências no desenvolvimento físico dos praticantes desportivos, sobretudo dos mais jovens. O encontro aconteceu a pedido da CDP e neste esteve também um representante da DGS.
O encontro teve como pano de fundo a análise da atual situação da prática desportiva em Portugal, com especial incidência da retoma do desporto de formação.
O presidente da CDP manifestou as suas preocupações em relação ao tema e abordou a questão que considera premente da necessidade de alteração da norma que define o nível de risco de transmissibilidade de cada uma das modalidades, uma vez que considera que a mesma se encontra desfasada da realidade. O desporto jovem está, em muitas modalidades, refém!
O bastonário secundou algumas das preocupações demonstradas pela CDP, indicando que é gravíssimo os jovens estarem quase há um ano sem prática desportiva formal, podendo ser perdido, segundo estimativas recentes uma percentagem elevada de jovens atletas. Além das consequências futuras, que podem ser muito nefastas para a saúde pública destas camadas da população, que “saltaram” um ano no seu natural desenvolvimento físico, o que muito provavelmente terá repercussões negativas.
A Confederação do Desporto de Portugal disponibilizou-se para uma aberta discussão e cooperação na abordagem deste e outros temas de interação entre o desporto e a saúde. A Confederação procura ser um parceiro ativo na procura de soluções ajustadas à realidade e na definição do nível de risco de transmissibilidade de cada modalidade.
A CDP teve oportunidade de informar que está a trabalhar na possibilidade de criação de uma bolsa de testes rápidos para o desporto através do seu parceiro PODIUM, da qual farão parte vários laboratórios de análises clínicas, distribuídos por todo o país.
Fonte: CDP, 05/12/2020