Jovens desportistas universitários invadiram esta semana Lisboa para disputarem as fases finais dos Campeonatos Nacionais Universitários. Trata-se de uma demonstração da capacidade que o desporto universitário vem, desde há alguns anos, apresentando internacionalmente em muitas modalidades e tem conduzido à conquista de diversos títulos, fruto do trabalho das Academias.
Desta vez a Federação Académica do Desporto Universitário junta cerca de dois mil atletas numa verdadeira festa do desporto, em cuja Cerimónia de Abertura, onde se encontravam presentes muitas federações desportivas, foi notória a ausência da Administração Pública Desportiva!
Andamos de ausência em ausência!
Passam praticamente quatro meses desde a posse do Governo e ainda não se entendeu qual o rumo que se quer introduzir para um setor com a importância do desporto o qual, de acordo com o INE, tem um peso de 1.4% no emprego e 1.2% no valor acrescentado bruto.
O movimento associativo desportivo sabe, como sempre o soube, o seu caminho, mas não pode deixar de ficar preocupado com a indefinição. Recentemente depois de um silêncio de um par de meses, o agora ex-secretário de estado convidou dirigentes em geral e desportistas (esqueceu-se das federações) para uma reflexão sobre o “Simplex” no desporto e para apresentação de um conjunto de parâmetros que iriam moldar o futuro “Plano Integrado para o Desenvolvimento do Desporto”. Será para continuar?
Se sim, espero que as intervenções de alguns dirigentes desportivos presentes tenham sido tomados em boa conta É que já tivemos um Plano Estratégico em 2002, apresentado em livro, pomposamente no Centro Rosa Cadaval, o qual “morreu” logo ali. Tinha sido concebido, desenvolvido, e pago, à revelia das federações desportivas!
Sem o motor um “carro” não anda e o motor do desporto não são os gabinetes, são as Federações!
Fonte: CDP, A Bola 20/04/201