O que se temia acabou por acontecer: Portugal desceu da Superliga e disputará, em 2010, a primeira Liga europeia de atletismo. Um desfecho que pode ser considerado normal.
Em Leiria, todavia, a sensação de que o atletismo português poderia manter-se entre a elite europeia terá ficado na cabeça de muitos. Portugal terminou a edição inaugural do campeonato da Europa das Nações em 11º lugar, totalizando 200 pontos, e ficando a 16,5 da Grécia, que foi nona e última selecção a garantir a manutenção. A festa poderia ter sido mesmo total, não fosse o atletismo luso continuar a apresentar desequilíbrios…
Além dos acidentes de percurso, que todos os países tiveram, ficaram, após um campeonato ganho pela Alemanha, elementos para avaliar os sectores em que Portugal é mais vulnerável. Os lançamentos são, de longe, o ponto fraco do nosso país, pois o melhor resultado acabou por ser um nono lugar (Marco Fortes, no peso). O sector que mais pontuou foi… o de meio-fundo e fundo. Mesmo em crise, continua a ser essa a franja que mais contribui neste género de competições, tendo uma média de 13,2 pontos (mesmo sem os de Alberto Paulo nos 3000 obstáculos, por ter sido eliminado) seguido dos saltos, com 12, e da velocidade e barreiras com 11,4. Claro está que, nos saltos, os bons resultados de Nelson e Naide contrastam com os saltos verticais, subdesenvolvidos num contexto europeu a este nível.
Nelson Évora, no triplo, e Naide Gomes, no comprimento, conseguiram os únicos triunfos lusos de ontem. Évora, a subir de forma, ganhou com 17,59 metros, o seu quarto melhor salto de sempre, a prenunciar um resto de época promissor. O duelo com o britânico Philips Idowu, bem mais alegre do que em Pequim, foi emocionante até ao terceiro ensaio, altura em que o português desfez todas as dúvidas ao saltar mais nove centímetros. Naide Gomes não teve de se esforçar muito para triunfar com 6,83 m, num concurso em que a boa média final foi de quase 6,70 m.
Arnaldo Abrantes ganhou a sua série dos 200 m com 20,62s, um inesperado segundo tempo depois dos 20,55s da outra série, ganha por Dwain Chambers. Mais cedo do que pensava, o sportinguista cumpriu o mínimo para o Mundial de Berlim de Agosto próximo.
Para finalizar, dois recordes nacionais. No salto com vara Edi Maia passou 5,35 metros, mais quatro centímetros do que o seu anterior máximo de Sub-23; e a promissora Eva Vital bateu o recorde nacional de juniores e de juvenis nos 100 barreiras, com 13,66s.
"O balanço é altamente positivo. Partimos do 12º lugar e subimos um patamar", concluiu o seleccionador nacional, José Barros.
Fonte: O JOGO 22/06/2009
Nelson Évora, no triplo, e Naide Gomes, no comprimento, conseguiram os únicos triunfos lusos de ontem. Évora, a subir de forma, ganhou com 17,59 metros, o seu quarto melhor salto de sempre, a prenunciar um resto de época promissor. O duelo com o britânico Philips Idowu, bem mais alegre do que em Pequim, foi emocionante até ao terceiro ensaio, altura em que o português desfez todas as dúvidas ao saltar mais nove centímetros. Naide Gomes não teve de se esforçar muito para triunfar com 6,83 m, num concurso em que a boa média final foi de quase 6,70 m.
Arnaldo Abrantes ganhou a sua série dos 200 m com 20,62s, um inesperado segundo tempo depois dos 20,55s da outra série, ganha por Dwain Chambers. Mais cedo do que pensava, o sportinguista cumpriu o mínimo para o Mundial de Berlim de Agosto próximo.
Para finalizar, dois recordes nacionais. No salto com vara Edi Maia passou 5,35 metros, mais quatro centímetros do que o seu anterior máximo de Sub-23; e a promissora Eva Vital bateu o recorde nacional de juniores e de juvenis nos 100 barreiras, com 13,66s.
"O balanço é altamente positivo. Partimos do 12º lugar e subimos um patamar", concluiu o seleccionador nacional, José Barros.
Fonte: O JOGO 22/06/2009