CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL

michalO polaco Michal Kwiatkowski (Omega Pharma-QuickStep) deu hoje nova demonstração de força, vencendo o contrarrelógio da Volta ao Algarve, 13,6 quilómetros entre Vila do Bispo e Sagres, e reforçando a liderança na competição.

Motivado pela camisola que vestia desde a véspera, Michal Kwiatkowski partiu para a terceira etapa confiante e fez um tempo canhão, 14m03s, à média de 58,078 km/h. O segundo foi o italiano Adriano Malori (Movistar), a 11 segundos, cabendo ao tricampeão mundial de contrarrelógio, Tony Martin (Omega Pharma-QuickSteo), a terceira posição, a 13 segundos.

“Sofri muito. No início achei que ia muito rápido e que poderia quebrar a meio. O final foi muito técnico, mas estou muito feliz com o resultado. O tempo intermédio do Tony Martin serviu-me de referência”, disse Michal Kwiatkowski antes de subir ao pódio.

Os mais diretos adversários de Kwiatkowski na luta pela camisola amarela, Rui Costa (Lampre-Merida) e Alberto Contador (Tinkoff-Saxo), aguentaram como puderam este "ataque" do polaco. Contador cedeu 20 segundos, o que lhe valeu a subida ao segundo posto da geral individual, a 32 segundos do líder. O português Rui Costa perdeu 34 segundos na etapa, caindo para a terceira posição da geral, a 38 segundos do primeiro.

“Dei o meu máximo, mas o Michal Kwiatkowski está muito forte. Amanhã é um dia muito duro, são dois quilómetros e meio muito explosivos no final. Não quero deitar a toalha ao chão, mas vai ser muito complicado”, admite Rui Costa.

“As sensações não são excelentes, mas tendo em conta que estamos em início de época são boas. Seria uma surpresa se o Kwiatkowski não ganhasse a volta”, entende Alberto Contador.

A superioridade até agora patenteada por Michal Kwiatkowski faz do polaco o principal favorito ao triunfo na 40.ª Volta ao Algarve. Alberto Contador e Rui Costa terão de jogar o tudo por tudo na quarta etapa, que amanhã vai levar a caravana de Almodôvar até ao Alto do Malhão, com a meta a coincidir com uma contagem de montanha de segunda categoria, depois de percorridos, 164,5 quilómetros.

A quarta tirada é considerada a etapa rainha, pois os ciclistas encontram três prémios de montanha nos últimos 43 quilómetros. Os corredores vão subir ao Alto do Malhão, depois trepam o Freixo (1km de subida com inclinação média de 13 por cento), a 11,5 quilómetros do final, e, finalmente, regressam ao Malhão (2,6 km com pendente média de 9,6 por cento).

“Já conheço a subida do Malhão muito bem, pois já a fiz duas vezes. O Contador e o Rui Costa vão tentar roubar-me a camisola amarela até ao último dia”, considera o líder da geral individual.

Após o contrarrelógio, a Lampre-Merida manteve a liderança coletiva e Rui Costa continua à frente na classificação por pontos. A montanha e as metas volantes também permanecem com os mesmos líderes de véspera, Valter Pereira (Banco BIC-Carmim) e César Fonte (Rádio Popular), respetivamente. 

CLASSIFICAÇÕES
3.ª Etapa: Vila do Bispo - Sagres, 13,6 km (C/R)
1.º Michal Kwiatkowski (Omega Pharma-QuickStep), 14m03s (Média: 58,078 km/h)
2.º Adriano Malori (Movistar), a 11s
3.º Tony Martin (Omega Pharma-QuickStep), a 13s
4.º Alberto Contador (Tinkoff-Saxo), a 20s
5.º Alex Dowsett (Movistar), a 25s
6.º Jan Barta (Netapp-Endura), a 28s
7.º Rick Flens (Belkin), a 29s
8.º Thomas de Gendt (Omega Pharma-QuickkStep), a 30s
9.º Wilco Kelderman (Belkin), mt
10.º Alexandre Geniez (FDJ.fr), a 33s

Geral Individual
1.º Michal Kwiatkowski (Omega Pharma-QuickStep), 9h03m36s
2.º Alberto Contador (Tinkoff-Saxo), a 32s
3.º Rui Costa (Lampre-Merida), a 38s
4.º Alexandre Geniez (FDJ.fr), a 1m00s
5.º Sergei Chernetski (Katusha), a 1m03s
6.º Wilco Kelderman (Belkin), a 1m08s
7.º Rubén Fernández (Caja Rural-RGA Seguros), a 1m20s
8.º Simon Spilak (Katusha), a 1m23s
9.º Christopher Horner (Lampre-Merida), a 1m24s
10.º Eduard Prades (OFM-Quinta da Lixa), a 1m25s

Fonte: UVP/FPC, 21/02/2014