CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL

O relatório final do Grupo de Trabalho para as Políticas Públicas em Matéria de Igualdade no Desporto foi apresentado na manhã desta terça-feira, 7 de fevereiro, na Alfândega do Porto.

A criação deste Grupo de Trabalho surgiu do Despacho Conjunto nº 9549/2022, de 4 de agosto com a missão de apresentar contributos e recomendações para as referidas políticas públicas. Com a recolha de contributos dos elementos pertencentes ao Conselho Nacional do Desporto e diversas reuniões do grupo, tendo em conta os números revelados pelo Eurobarómetro sobre o desporto e exercício físico de 2022, foram identificadas três áreas temáticas de intervenção – liderança, participação e integração –, com propostas concretas de ação.

Os contributos e recomendações visam a inclusão social, a Integração, a promoção da saúde e uma cidadania ativa. Tudo pelo facto de o desporto ser um elemento privilegiado para a promoção da igualdade de género.

A Confederação do Desporto de Portugal, através da sua vice-presidente, Anabela Reis, é uma das entidades que compõem o Grupo de Trabalho, a par do Instituto Português do Desporto e Juventude, dos Comités Olímpico e Paralímpico, das Secretarias de Estado da Juventude e do Desporto e da Igualdade e Migrações, da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género e da Federação Portuguesa de Futebol.

A cerimónia de apresentação foi encerrada com uma declaração da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, que saudou os resultados do relatório e sublinhou: «A igualdade só se cumpre quando houver homens e mulheres e defender essa mesma igualdade. A minha visão de sociedade continua a ser muito otimista e por isso a relevância deste documento. Este é o primeiro marco histórico no país para a igualdade de género no desporto. Todos nós temos um papel para cumprir aqui. Há um longo caminho a percorrer, já que nas 10 maiores federações desportivas com financiamento público nenhuma delas tem uma mulher a presidir. Nas 60 federações desportivas em Portugal, apenas três têm mulheres como presidente. Das recomendações, destaco quatro: licença de maternidade; conciliar a vida familiar com a profissional; encontrar mecanismos para se trazer mais mulheres ao dirigismo; campanha nacional «Tu Podes Ser Presidente do Teu Clube». Isto para concluir que todas e todos têm o seu lugar no Desporto.»

O primado da universalidade e da igualdade, constante da Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto, considera que todas as pessoas têm direito à atividade física e desportiva, independentemente da sua ascendência, sexo, raça, etnia, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual. Os obstáculos a uma igualdade plena apresentam-se transversalmente no desporto porque os problemas e as questões identificadas na prática desportiva são um reflexo dos desafios enfrentados enquanto sociedade e do impacto da estereotipia e dos papéis sociais de género.

A promoção de medidas com vista a assegurar uma maior participação e envolvimento das mulheres e das raparigas na prática desportiva, enquanto atletas ou praticantes, treinadoras, árbitras ou juízes, e em posições de liderança no desporto nacional, é pois, uma necessidade imperiosa.



Fonte: IPDJ, 07/02/2023

We use cookies on our website. Some of them are essential for the operation of the site, while others help us to improve this site and the user experience (tracking cookies). You can decide for yourself whether you want to allow cookies or not. Please note that if you reject them, you may not be able to use all the functionalities of the site.