Balcão das Federações

História

Com a aprovação da Lei de Bases do Sistema Desportivo (1/90), em 13 de janeiro de 1990, abriu-se, em Portugal, uma nova etapa na evolução e desenvolvimento do sistema desportivo.

Com efeito, esta Lei veio revogar expressamente o Decreto N.º. 32.946. E tal circunstância não pode deixar de ser realçada em todo o seu simbolismo: por um lado, porque desta forma se pôs um ponto final oficial no velho estado de coisas do corporativismo; por outro, porque, ao fazê-lo, se demonstrava que o Estado se sentia capaz de propor um novo modelo de relacionamento com o Movimento Desportivo, modelo esse em tudo diverso do anterior e que colocasse Portugal na linha do que, nesta matéria, se passa nos outros Estados da Comunidade Europeia.

Com as alterações efetuadas, a Lei de Bases do sistema Desportivo apontou para a substituição do antigo sistema de relacionamento autoritário por um novo e moderno sistema de relacionamento contratual, em suma apontou para o reforço da autonomia do Movimento Desportivo.

Esta nova etapa da evolução global do sistema passou, no entender das Federações signatárias, pela criação, estruturação e dinamização da Confederação do Desporto de Portugal.

Tal projeto teve e tem, como modelos ideais de referência, organizações semelhantes existentes, designadamente, na Alemanha (Deutsche Sportbund – DSB), na Áustria (Bundessportorganisation – BSO), na Dinamarca (Dansk Idraets-Forbund – DIF), na Suécia (Sveriges Riksidrottsforbund – RF), na Suiça (Association Suisse du Sport – ASS), na Noruega (Norwegian Confederation of Sports – NIF) ou na Holanda (Nederlandse Sport Federatie – NSF).

Nesta ótica, a Confederação é a cúpula natural do Movimento Desportivo de raiz associativa e de qualquer que seja o âmbito de atuação em que se insira: desde o desporto universitário e escolar, até ao desporto para trabalhadores e de recreação; desde o desporto profissional e de alta competição, até ao desporto não-profissional e de mero lazer; desde as modalidades com expressão olímpica até às que não gozam de tal privilégio; desde o desporto para deficientes até ao desporto-aventura.

Isto, por um lado. Mas, por outro, a Confederação visou constituir-se como o natural interlocutor do Estado nos assuntos que interessam ao desenvolvimento desportivo do País, e como o seu colaborador institucional no que toca à implementação dos grandes desígnios de uma política desportiva que dê resposta às necessidades daquele desenvolvimento.

Com a criação e existência da Confederação, ganham as Federações Desportivas e ganha o Estado. As Federações, porque nela encontram o meio natural de união e conjugação de esforços; o Estado porque deixará de ter, no terreno, uma multiplicidade e diversidade de Federações Desportivas, agindo isoladamente, e passará a ter um órgão através do qual e por intermédio do qual deverá, privilegiadamente, agir no campo da política desportiva.

A Confederação criada é, por tudo isto, e necessariamente, um projeto eminentemente privado, no sentido em que só pode ter origem nos esforços das Federações Desportivas interessadas e não num ato de criação do poder político. Não há, por definição, confederações públicas, mas apenas confederações criadas por iniciativa, vontade e dinamismo das Federações Desportivas nacionais. A Confederação é, portanto, por natureza, a “Federação das Federações Nacionais”.

Cronologia de Acontecimentos

26-01-1993

Procede-se à eleição e imediato auto de posse da Direção da Aliança do Desporto Federado, então composta por sete elementos, a saber: Luís Santos (Andebol), presidente; Fernando Boquinhas (Atletismo), Vice-Presidente; António Roquette (Vela), Vice-Presidente; Manuel Pedro dos Santos (Lutas Amadoras), Vice-Presidente; Manuel Lima Correia (Futebol de Salão), Secretário-Geral; e Orlando Daniel Neves (Ciclismo), Financeiro.

10-08-1993

A Aliança do Desporto Federado passa a denominar-se Confederação do Desporto de Portugal por escritura pública lavrada nesse dia, realizando-se logo a tomada de posse da nova Direção, constituída da seguinte forma: Luís Santos (Andebol), Presidente; Fernando Boquinhas (Atletismo), Vice-Presidente; António Roquette (Vela), Vice-Presidente; Manuel Pedro Santos (Lutas Amadoras), Vice-Presidente; José Augusto Rodrigues (Voleibol), Vice-Presidente; Mário Alberto Marques Pinto (Golfe), Vice-Presidente; Vitor Manuel Ferreira (Futebol), Vice-Presidente; Manuel Lima Correia (Futebol de Salão), Secretário-Geral; Manuel Orlando Neves (Ciclismo), Financeiro

12-03-1995

Pede a demissão o Vice-Presidente da Direção, Fernando Boquinhas

17-10-1995

Abandonam a Direção, António Roquette, José Augusto Rodrigues, Manuel Pedro Santos, Mário Marques Pinto e Orlando Neves, o que fez cair a Direção por falta de quórum.

11-12-1995

As demissões atrás referidas obrigaram à reestruturação da Direção, tendo tomado posse em Assembleia Geral, nesta data, os vice-presidentes António Faím, Nuno Vilarinho e Abraham Levy Lima e o diretor administrativo/financeiro Adriano Viana Baptista. A Direção presidida por Luís Santos passou a ser constituída por: Luis Santos (Andebol), Presidente; Vítor Ferreira (Futebol), Vice-Presidente; António Faím (Rugby), Vice-Presidente; Levy Lima (Cultura Física), Vice-Presidente; Nuno Vilarinho (Automobilismo), Vice-Presidente; Manuel Lima Correia (Futebol de Salão), Secretário-Geral; Adriano Faro Viana Baptista (Ciclismo), Financeiro.

06-02-1996

Toma posse, como Vice-Presidente, António César Queimada (voo Livre).

22-02-1996

Toma posse, como Vice-Presidente, Rolando Martins (Artes Marciais Chinesas), completando-se, assim, o elenco diretivo com nove elementos, de acordo com os Estatutos.

12-04-1997

Toma posse para o ciclo normal de 1997/2000 uma nova Direção composta por: Luís Santos (Andebol), Presidente; Gilberto Parca Madaíl (Futebol), Vice-Presidente; António Faím (Rugby), Vice-Presidente; Nuno Vilarinho (Automobilismo), Vice-Presidente; Levy Lima (Cultura Física), Vice-Presidente; César Queimada (Voo Livre), Vice-Presidente; Rolando Martins (Artes Marciais Chinesas), Vice-Presidente; Manuel Lima Correia (Futebol de Salão, Secretário-Geral; Adriano Faro Viana Baptista (Ciclismo), Administrativo/Financeiro.

18-12-1997

João Bacalhau (Ténis de Mesa) substitui Manuel Lima Correia, no cargo de Secretário-Geral.

06-12-2000

Decorreu no Auditório do Centro Medicina Desportiva de Lisboa a eleição dos novos órgãos sociais, para o quadriénio 2000/2004, tendo-se apresentado a sufrágio uma única lista liderada por José Manuel Constantino.

06-12-2000

Toma posse para o quadriénio 2000/2004 a direção com a seguinte constituição: José Manuel Constantino (Judo), Presidente; Carlos Paula Cardoso (Natação), Vice-Presidente; Odete Graça (Patinagem), Vice-Presidente; Maria José Carvalho (Hóquei), Vice-Presidente; João Bacalhau (Ténis de Mesa), Vice-Presidente; Pedro Peixoto (Xadrez), Vice-Presidente; Nuno Vilarinho (Automobilismo), Vice-Presidente; Maria Angélica Santos (Pentatlo Moderno), Secretária Geral; Luis Caleia Rodrigues (Ciclismo), Director Financeiro.

17-07-2002

Foram aprovados em Assembleia-Geral, marcada para o efeito, os novos Estatutos da Confederação do Desporto de Portugal.

24-09-2002

O Presidente da Direção da Confederação do Desporto de Portugal, José Manuel Constantino, pede a demissão do cargo, para que possa assumir o cargo de Presidente do Instituto Nacional do Desporto.

03-10-2002

É deliberado em reunião de Direção da CDP que até ao próximo ato eleitoral seria o até então Vice-Presidente da CDP, Carlos Paula Cardoso, assumir o lugar de Presidente da Direção.

15-06-2003

Foram publicados em Diário da República – III Série n.º 130 do dia 05 de Junho de 2003, os novos Estatutos da Confederação do Desporto de Portugal, aprovados em Assembleia-Geral Extraordinária realizada no dia 17 de Julho de 2002.

16-07-2003

São eleitos para o quadriénio 2003/2007 os novos órgãos sociais da Confederação do Desporto de Portugal, tendo-se apresentado a sufrágio uma única lista liderada por Carlos Paula Cardoso.

29-07-2003

Numa Cerimónia que decorreu na Tribuna de Honra do Estádio Nacional, tomou posse a nova direção da CDP com a seguinte constituição: Carlos Paula Cardoso, Presidente; Vicente Araújo, Vice-Presidente; Carla Antunes, Secretária-geral; Luis Caleia Rodrigues, Director; Filipe Carvalho, Director; Nuno Vilarinho, Director; Isabel Fernandes, Diretora.

16-12-2004

Duarte Lopes, substitui Felipe Carvalho, no cargo de Diretor.

17-12-2007

Decorreu no Auditório do Teatro Amélia Rey Colaço, em Algés, a eleição dos novos órgãos sociais, para o quadriénio 2007/2011, tendo-se apresentado a sufrágio uma única lista liderada por Carlos Paula Cardoso.

09-01-2008

Numa cerimónia que decorreu em Casal de Paulos, tomou posse a nova direção da CDP com a seguinte constituição: Carlos Paula Cardoso, Presidente; Luis Caleia Rodrigues, Vice-Presidente; Ilídio Trindade, Secretário-geral; Duarte Lopes, Director; Ana Sofia Cabral, Diretora; Nuno Vilarinho, Director; Anabela Reis, Diretora.

Dezembro de 2009

Foi publicado em Diário da República, II série, o Estatuto de Utilidade Pública da Confederação do Desporto de Portugal.

28-06-2011

Decorreu na sede da Confederação do Desporto de Portugal, em Algés, a eleição dos novos órgãos sociais, para o quadriénio 2011/2015, tendo-se apresentado a sufrágio uma única lista liderada por Carlos Paula Cardoso.

04-07-2011

Numa Cerimónia que decorreu na Tribuna de Honra do Estádio Nacional, Complexo Desportivo do Jamor, tomou posse a nova direção da CDP com a seguinte constituição: Carlos Paula Cardoso, Presidente; Luis Caleia Rodrigues, Vice-Presidente; Ilídio Trindade, Secretário-geral; Duarte Lopes, Diretor; José Esteves, Diretor; Nuno Vilarinho, Director e Anabela Reis, Diretora.

Novembro de 2011

A CDP, no decorrer da 16ª Gala do Desporto, foi agraciada pelo Governo com a Medalha de Bons Serviços Desportivos.

02-07-2015

Numa Cerimónia que decorreu na Tribuna de Honra do Estádio Nacional, Complexo Desportivo do Jamor, tomou posse a nova direção da CDP com a seguinte constituição: Carlos Paula Cardoso, Presidente; Ilídio Trindade, Vice-Presidente; Fernando Nogueira, Secretário-geral; Filipa Godinho, Diretora; Carlos Varinhos Marques, Diretor; Luísa Lino, Diretora e Anabela Reis, Diretora.

04-07-2019

Numa Cerimónia decorrida na Tribuna de Honra do Estádio Nacional, Complexo Desportivo do Jamor, tomou posse a nova direção da CDP com a seguinte constituição: Carlos Paula Cardoso, Presidente; Anabela Reis, Vice-Presidente; Carlos Baptista, Secretário-geral; Filipa Godinho, Diretora; Mário Almeida, Diretor; Ricardo José, Diretor e Pedro Silva, Diretor.

19-12-2023

Numa Cerimónia decorrida na sede da CDP, em Algés, tomou posse a nova direção da Confederação com a seguinte constituição: Daniel Monteiro, Presidente; Ana Vital Melo, Vice-Presidente; Carlos Dias Ferreira, Secretário-geral; Gonçalo Saldanha, Diretor; Miguel Salema Garção, Diretor; António Branco, Diretor e Eugénio de Almeida, Diretor.